segunda-feira, dezembro 29, 2008
Grande Momento | Evil Dead


Evil Dead - Uma delirante trilogia de terror dos anos 80. Uma saga de série B (ou para os mais críticos até de uma letra mais à frente) com alguns efeitos especiais tão terríveis que se tornam adoráveis. O "homem da mão" é o actor Bruce Campbell. Chegou a ter propostas de Hollywood, mas a verdade é que sempre foi um apaixonado por fazer filmes desta índole, pobres em ouro (como a outra que apresenta um certo programa infantil) mas ricos em ideias.
A saga é excelente para quem gosta do género. Mas esta cena em particular ganhou vida além do filme. No vídeo podemos ver o desespero humano de alguém que vê a sua mão possuída tentar matá-lo e que perante a macabra situação é obrigado a agir rapidamente.
posted by P. @ 3:15 da tarde   1 comments
sexta-feira, dezembro 26, 2008
My Drive Thru


Mais um clip para a pequenada. E este é cheio de coisas bem porreiras. É com os Srs. N.E.R.D, com Julian Casablancas (o menino-mor dos The Strokes) e com a melhor senhora novidade deste ano muscial, Santogold.
posted by P. @ 10:06 da manhã   2 comments
quinta-feira, dezembro 25, 2008
Dead Man's Bones - In The Room Where You Sleep
In The Room Where You Sleep


Ryan Gosling também é músico. E nada mau. A banda chama-se Dead Man's Bones e este primeiro avanço tem estado a tocar em repeat no meu computador. Há por ali qualquer coisa de Nick Cave na voz do actor. Seriamente, ouçam. Vale a pena.
posted by not_alone @ 8:43 da tarde   3 comments
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Grande Momento | The Nightmare Before Christmas


O que é isto?

É a vida, que continua nesta época festiva. A equipa do Take a Break deseja a todos um Feliz Natal. Ou só um feliz... Porque isto do Natal não é para todos.
posted by not_alone @ 12:12 da tarde   4 comments
quinta-feira, dezembro 18, 2008
David Fonseca deseja a todos um Feliz Natal


Como já vem sendo hábito por esta altura, David Fonseca presenteia-nos com uma música de Natal. Este ano a escolha recai sobre "O Come All Ye Faithful" e têm mesmo de ver para crer. Estou abismado com este vídeo...
posted by not_alone @ 12:40 da tarde   2 comments
quarta-feira, dezembro 17, 2008
O Final
Há opiniões que se têm acerca de um filme ou do conceito de cinema em geral...

Sempre prezei o final de um filme, aquele momento chave em que a história acaba. Dentro desta ideia, sempre preferi as narrativas abertas... Ainda assim, seja a narrativa aberta ou fechada, seja o filme narrativo ou não, aquela última imagem ou último som que se prolonga no genérico final é um estímulo biológico, em minha opinião, capaz de influenciar de modo decisivo a forma como se encara e aprecia um filme. Ao fim e ao cabo, é sempre uma questão biológica, como sempre foi desde que Eisenstein formulou a teoria da montagem, como sempre fora antes, ainda que não se soubesse, que não se tivesse inteligido...

De qualquer forma, escrevo estas palavras apenas para falar de um filme que vi, pela primeira vez, há poucos dias e que, caso tivesse um outro final, até poderia considerar muito bom...

O que acharam vocês de "A guerra dos mundos"?
posted by Ursdens @ 1:23 da tarde   9 comments
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Grande Momento | Alta Fidelidade


Esta cena sempre teve a capacidade de me levar às reais lágrimas de riso sustentado. Rob Gordon, e os seus patéticos compinchas, a pseudo-vingaram-se de Ian, o novo e estranho namorado da sua ex. Mas há muito mais geniais momentos destes, nesta saga sobre música, listas de filmes favoritos, desencontros amorosos, entre outras diversas coisas. "Alta Fidelidade" meus amigos!
posted by The Stranger @ 12:58 da manhã   7 comments
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Um Filme Falado

É uma das obras da fase mais recente de Oliveira, e está repleta das características que tanto marcam o seu cinema, adorado por uns e detestado por outros. É verdade, os planos são longos, a câmara pouco móvel e as interpretações bastante teatrais. Mas para os que estiverem dispostos a dar ao realizador um pouco do seu tempo, encontrarão aqui um fascinante trabalho que, ao seu jeito contemplativo, se debruça sobre questões centrais da história da humanidade. Basicamente, ao longo de uma viagem pelo mediterrâneo, o autor coloca-nos diante de grades marcos da história da civilização e, olhando para o passado, aproveita para reflectir sobre o presente e o futuro. A ascenção e o declínio das civilizações vistos pelos olhos de uma criança, educa-nos sobre um mundo recheado de perigos e aparentemente incapaz de aprender com os erros de outrora. Só um cineasta com esta sabedoria poderia alguma vez filmar assim.
posted by Juom @ 7:51 da tarde   0 comments
Vale Abraão

Quandi vi pela primeira vez Vale Abraão pareceu-me o mais belo filme do mundo. Muito se deve a esse fenómeno de derradeiro Cinema que o filme de Oliveira constitui, elevando a imagem a um patamar sagrado, uma candura intocável, de um fulgor que faz fervilhar olhar e pensamento, que anestesia os sentidos.

Há um cosmos vital que habita o olhar de Ema, a mulher protagonista, força implacável e devastadora da natureza. Ema representa-nos a todos pela mais simples das causas: é um ser incompleto. Por conseguinte, um ser que parte em demanda, auto-descoberta: o seu papel social, familiar, sexual. Ema joga com os olhares, com as palavras, com os reflexos, emanando essa aura encantatória sobre os que a rodeiam. Seres incompletos também, nessa jornada de predadores e presas (no amor como na caça: Renoir sente-se nesse campo do jogo social).

E cabe tudo num só enquadramento de Oliveira, do aprisionamento à libertação absoluta da alma. Porque aqui, em estrutura antropocêntrica, sabe-se que o gesto controla tudo. Não podemos esquecer os pormenores, os olhares, os silêncios que tudo assaltam, invadem, perturbam. É por demais sufocante, por demais humano. Sempre a verdade daquela gente mostrada em planos subjectivos, como se cada um deles julgasse conhecer a índole do outro. Não poderiam estar mais enganados. E mesmo assim são seres sempre prontos ao sacrifício, porque condenados às mais abruptas ilusões, porque se entregam às cegas. Gente inventada esta? Demasiado real, palpável.

Num constante pulsar de desejos, de confissões, escava-se fundo no coração daquelas personagens. É trágico apercebermo-nos da sua fatalidade, submissão, pensamento falacioso, ânsia do corpo e de carne. Porquê? Porque estamos perante uma das mais perfeitas projecções do ser. Não começasse tudo, do pecado à volúpia, com a morte. Sobra apenas a mágoa: Carlos apaixona-se por Ema por essa tristeza infindável que o seu rosto lhe sugere. O despertar do amor como percepção da tragédia.

No final, como Godard em Vivre Sa Vie, Oliveira pintara quadro demasiado perfeito. Não há nada a fazer senão destruí-lo.
posted by Carlos Pereira @ 6:04 da tarde   0 comments
A caixa

Adaptado de uma peça, A Caixa podia ser readaptada a teatro. Confuso? A noção é simples: tudo se passa num espaço mínimo, nas escadinhas de S. Cristovão, na Mouraria. Num bairro lisboeta que denuncia uma cidade suja e estranhamente bela. Vemos um cego (Luis Miguel Cintra) sentado à porta de casa com uma caixa de esmolas na mão. Aquele homem e o seu objecto vão ser o ponto central ao longo do filme. Olhamos para aqueles olhos, aquela expressão… Luis Miguel Cintra devora-nos por completo, mostrando o brilhante actor que é.

Quase em jeito de alegoria, a pouco e pouco vão entrando em palco as pequenas caricaturas, ligadas pelo bairro lisboeta onde vivem, mas também por uma vaga ideia de absurdo. Sofia Alves (a puta, como é tratada no filme), Beatriz Batarda (a filha do homem cego) também com excelentes interpretações. Há qualquer coisa de negro nest’A Caixa. Aquela “portugalidade” não nos é estranha…

Ao longo do filme a calma parece acompanhada por uma leve e insistente tristeza. Esta quebra-se em dois momentos, num pequeno instante em que vemos dezenas de pessoas a passar na rua, transmitindo um pouco do ritmo de uma grande cidade. E num último momento, em tom de tragédia esculpida ao sabor de uma navalha.

P.
posted by P.R @ 5:48 da tarde   0 comments
Manoel de Oliveira: Filmografia



100 anos de vida. Quase 80 de trabalho, 45 filmes (e a contar). São números, que por maiores que sejam, não fazem jus à magnitude da sua carreira.

1931
- Douro, Faina Fluvial

1932 - Estátuas de Lisboa

1938 - Já Se Fabricam Automóveis em Portugal

1938 - Miramar, Praia das Rosas

1941 - Famalicão

1942 - Aniki Bóbó

1956 - O Pintor e a Cidade

1959 – O Pão

1963 - Acto de Primavera

1964 - A Caça

1965 – As Pinturas do Meu Irmão Júlio

1972 - O Passado e o Presente

1975 - Benilde ou a Virgem Mãe

1979 - Amor de Perdição

1981 - Francisca

1982 - Visita ou Memórias e Confissões

1983 - Nice - À propos de Jean Vigo

1983 - Lisboa Cultural

1985 - O Sapato de Cetim

1986 - O Meu Caso

1988 – Os Canibais

1990 - 'Non', ou A Vã Glória de Mandar

1991 - A Divina Comédia

1992 – O Dia do Desespero

1993 - Vale Abraão

1994 - A Caixa

1995 – O Convento

1996 - Party

1997 - Viagem ao Princípio do Mundo

1998 - Inquietude

1999 - A Carta

2000 - Palavra e Utopia

2001 - Vou Para Casa

2001 - Porto da Minha Infância

2002 - O Princípio da Incerteza

2002 – Momento – Vídeoclip

2003 - Um Filme Falado

2004 - O Quinto Império - Ontem Como Hoje

2005 - Espelho Mágico

2005 - Do Visível ao Invisível

2006 - Belle toujours

2006 - Improvável Não é Impossível, O

2007 - Rencontre unique

2007 - Chacun son cinéma ou Ce petit coup au coeur quand la lumière s'éteint et que le film commence (segmento "Rencontre Unique")

2007 - Cristóvão Colombo - O Enigma

2008 – O Vitral e a Santa Morta
posted by not_alone @ 2:46 da tarde   0 comments
Aniki Bóbó
Prevendo em alguns anos a onda neo-realista que chegaria ao cinema nomeadamente pelas mãos dos cineastas italianos do pós-guerra, Aniki Bóbó é um trabalho de génio que, por si só, poderia justificar a existência do Manoel de Oliveira realizador. Arrisco mesmo a dizer que se trata de um dos grandes filmes do Cinema, aqui reduzido ao essencial, tendo como centro das atenções um grupo de miúdos que brincam nas ruas do Porto. Não será apenas, até agora, o grande filme sobre a cidade, mas também um trabalho sobre a condição humana numa história simples e universal, ainda hoje capaz de tocar qualquer espectador. Por estas coisas é que faz confusão ouvir que Oliveira está atrasado no tempo, quando há mais de 60 anos atrás estava claramente à frente da sua época. É um portento em termos humanos e cinematográficos.

Paulo
posted by P.R @ 2:25 da tarde   0 comments
Douro, Faina Fluvial

A estreia de Manoel de Oliveira atrás das câmaras pauta-se pelo experimentalismo e, acima de tudo, pela enorme vontade de compreender uma forma de arte que tanto o fascina, algo que transparece plenamente em cada plano do filme. Com influências claras de Eisenstein ou de outras obras da época, nomeadamente Berlim, Sinfonia de Uma Cidade, Oliveira construiu um retrato valiosíssimo sobre a actividade marítima na cidade que o viu nascer, com o Douro como paisagem e, tal como o rio, também as imagens do realizador fluem na tela com uma beleza rara. Ainda hoje impressiona pela ousadia e pela forma como concilia a vertente documental com um trabalho de criação cinematográfica ímpar. São curtos mas obrigatórios 18 minutos.
Paulo
posted by P.R @ 12:17 da tarde   0 comments
Manoel de Oliveira: Biografia

Há precisamente 100 anos nascia no Porto Manoel de Oliveira. Ao mesmo tempo dava os seus primeiros passos uma arte, a sétima, que não só iria transformar a vida de todos como elevaria aquela criança a um estatuto ímpar. É assim Manoel de Oliveira. Uma vida que se funde com o cinema e a qual é impossível de dissociar.

Manoel de Oliveira é, como todos sabem, o realizador activo mais idoso do mundo. Tendo granjeado inúmeras ovações (mais do publico internacional do que do português), foi alvo de várias distinções e é, sem dúvida, das figuras mais emblemáticas e carismáticas da cultura do nosso país.


Tendo começado pelo desporto (foi atleta profissional e chegou a ser campeão nacional), foi o documentário vanguardista Berlim, Sinfonia de uma Cidade, de Walther Ruttmann que originou o fascínio de Oliveira pelo cinema. Nascido no seio de uma família burguesa de classe alta, Manoel decidiu criar o seu próprio documentário sobre a cidade do Porto e actividade fluvial do Douro: Douro, Faina Fluvial (1931). Como quase sempre o filme recebeu aplausos da crítica estrangeira mas foi um fracasso em Portugal. No entanto, começava aí a carreira entusiasta de Manoel de Oliveira, agora um jovem adulto fascinado pela arte do documentário.

Depois do aprofundamento técnico com formação nos estúdios alemães da Kodak e tendo participado como actor no célebre Canção de Lisboa de 33, Oliveira iniciou a sua obra ficcional como realizador com o Aniki-Bobó em 1942, filme considerado unanimemente uma das melhoras obras do realizador mas completamente vaiado no seu ano de estreia. Era, talvez, demasiado arrojado para o seu tempo. Afinal foi, segundo o próprio, o primeiro filme neo-realista do cinema mundial, embora esse título quase sempre pertença a Romma Città Aperta de Rossellini.

Mas apesar de acreditar nas suas qualidades e nos passos que estava a dar no sentido de redefinir o cinema, Manoel de Oliveira pareceu ficar ressentido com o público e critica nacional e afasta-se do cinema. Mas a paixão não diminui e volta em 56 com o Pintor e a Cidade. Mas foi com o Acto da Primavera em 63, que Manoel de Oliveira marca uma nova era do cinema português iniciando a prática da antropologia visual no cinema. Esta corrente, que iria ser explorada por cineastas como João César Monteiro e Pedro Costa é mais uma marca do arrojo de Manoel Oliveira e do seu contributo para a arte do cinema.

A partir deste momento Manoel de Oliveira é já um nome respeitado no cinema mundial. Colecciona histórias que nos oferece em oferece em obras cinematográficas que marcaram e marcam a diferença pelo seu estilo, pela sua tão acusada teatralidade que mais não é que intencional


100 anos. 77 de carreira. 14 curtas e médias metragens. 28 longas metragens. 39 prémios. Inúmeros aplausos. Estes são os números de uma vida e carreira apaixonantes. De um percurso do homem que diz que continua a criar filmes pelo gozo de os fazer. E foi este gosto pelo cinema que o elevou a uma das figuras emblemáticas do cinema mundial. É este o homem. A vida. O cinema português. O mesmo que diz que não tem medo de morrer. Apenas receia não conseguir fazer todos os filmes que quer.
posted by P.R @ 11:18 da manhã   2 comments
Manoel de Oliveira: 100 anos

Manoel de Oliveira atinge hoje a data histórica de 100 anos de idade. Goste-se ou não do estilo, a verdade é que desde há muito tempo, uma figura incontornável da nossa cultura. Durante o dia de hoje o Take a Break presta-lhe a homenagem através da sua biografia e pequenos textos e vídeos sobre a sua obra.


A equipa Take a Break
posted by P.R @ 10:49 da manhã   0 comments
terça-feira, dezembro 09, 2008
Filme do mês | Novembro

Com um ligeiro atrasado, segue os destaques do mês de Novembro:

Ana Silva Blindness

Este mês destaco «Blindness», um filme para o qual não encontro muitas palavras. Sólido, envolvente, sufocante. O ambiente torna-se sujo, irrespirável, impossível - não se consegue mais. A fome, a loucura, a insanidade começam a revelar-se nas personagens que, a pouco e pouco, integram a realidade de "blindness". O filme começa com a expressão "um mar de leite", que de repente leva o mundo ao caos, onde tudo e todos se afogam. No cenário, destaca-se Julianne Moore, num desempenho absolutamente brilhante. Igualmente brilhante é a fotografia do filme, característica, acentuando as imagens e as emoções. Os rostos, os olhares, as marcas em cada um dos «cegos».
not_alone Blindness

Fernando Meirelles, diga o que se disser, tem tomates. Depois de Cidade de Deus e de um mais ensonso Fiel Jardineiro, volta a pegar numa história polémica e a trazê-la para o grande ecrã. Não está (e dificilmente alguma incursão de outro realizador estaria) à altura do livro. A partir daqui podemos apreciar a obra como projecto arrojado que é, com muito sentimento e pautado por uma entrega total de todos os que participaram. Jullianne Moore é exímia, mais uma vez, a provar porque é das melhores actrizes dos nossos dias. Se fica a faltar uma obra cinematográfica coesa e avassaladora, sobra, em detrimento, um exercício de dor, suor e paixão. E isso chega-me.

Paulo Blindness

Num mês parco em estreias verdadeiramente empolgantes, ainda assim a adaptação de Ensaio Sobre a Cegueira, por Fernando Meirelles, merece uma referência. Não porque seja uma obra-prima, ou porque tenha conseguido uma transposição realmente eficaz de um extraordinário romance, mas porque é um filme corajoso (nem sempre feliz, é certo) ao pegar num tema tão duro e transformá-lo num objecto suficientemente forte para merecer o visionamento. Meirelles volta a fazer uso da sua força visual e direcção de actores (Julianne Moore é, como sempre, magnífica) e apenas peca por um argumento insuficiente em alguns detalhes e uma visão mais "limpa" do que aquela que seria ideal. "Ensaio Sobre a Cegueira" pede para ser sujo e brutal.

P.R. Blindness
Comecemos pelo óbvio: Blindness é enquanto filme muito inferior ao livro, que considero uma extraordinária obra-prima. Feita tal constatação é possível agora passarmos aos elogios. E a verdade é que feito o distanciamento com a obra literária, o filme de Meirelles consegue passar de forma bastante satisfatória e forte as consequências da "cegueira branca". Pautado por alguma subtileza que retira um certo impacte dramático, fica para a história um filme cru, bruto e sofrido e uma interpretação magistral de Julianne Moore.

Duarte Nada a destacar

P. Nada a destacar

Carlos Pereira A Fronteira do Amanhecer.

Já não se filma assim. O novo filme de Garrel é um hino ao amor louco, em imagens em que o contraste do preto e branco é inquietante e hipnotizante. Trata-se de filmar uma relação numa perspectiva de fatalidade, e mesmo assim fazer-nos crer que nada é maior. Claramente um dos filmes do ano

Ursdens Nada a destacar

posted by P.R @ 2:09 da tarde   2 comments
Feminismo

No youtube encontram-se, por vezes, coisas engraçadas... Disso já todos sabemos.

Admiro as actrizes que pisam o palco com o mesmo fulgor com que enchem a tela. São genuínas, inebriantes, verdadeiras.

Vi, há muito tempo atrás, um filme do Werner Schroeter chamado Malina. Quando o vi só confirmei o que já sabia de "a pianista", "ma mère", "madame bovary", entre muitos outros...

Para mim esta senhora é grande! Muito grande!

Mas dizia, encontram-se coisas engraçadas no youtube... Pessoal a fazer montagens com isto e aquilo... Textos de clássicos sobrepostos a imagens de filmes, ou lutadores de boxe com o "focinho" do bush... Que grande "freakalhada", dizem alguns...

Nem sei... Nem sei bem o interesse deste tipo de coisas... De qualquer forma, posta-se! Aliás, cortado às postas também é uma forma de comer o bacalhau...

Bom Natal que se avizinha! :)

posted by Ursdens @ 11:45 da manhã   0 comments
quinta-feira, dezembro 04, 2008
E tu, já bebeste sangue hoje?
A 1ª temporada de True Blood terminou recentemente nos EUA, mas a publicidade criada pela HBO começa agora a chegar ao grande púbico português.
Para quem ainda não conhece, True Blood saiu da cabeça de Alan Ball, o mesmo senhor que nos deu Sete Palmos de Terra. Esta é uma série que vai beber a sua inspiração ao mundo do fantástico, em que os vampiros são o ponto central, a exemplo do que acontece com a mítica Buffy e com Moonlight – já para não falar da saga que vai agora invadir os cinemas a começar com Crepúsculo.
True Blood conta a história de um mundo em que toda a gente sabe que os vampiros existem e convivem entre nós. Para tal ser possível, cientistas japoneses inventaram uma bebida que consegue saciar a sede sanguinária dos vampiros. A bebida chama-se Tru Blood e não existe no mundo real. Mas a verdade é que já tem anúncios de televisão e um site oficial da bebida, como se de uma qualquer cerveja se tratasse. No site as pessoas vão ter de revelar quando se transformaram em vampiros, mas podem também descobrir qual é o seu tipo de sangue favorito, coisas assim.


Entretanto anda a circular nos canais portugueses um pequeno anúncio que parece ser uma coisa…mas é outra.



Associação de Vampiros pela cidadania.
Será do True Blood? Parece que sim.
Basta ver os pró e os anti, nos respectivos sites norte-americanos, para se perceber o marketing desta série. Até notícias inventaram… para fomentar um debate que encontramos noutras aspectos da sociedade, com outros grupos marginalizados.
Quanto à série, gostei bastante da primeira temporada (embora, com excepção de uma ou outra pontual semelhança, haja muito pouco de Sete Palmos de Terra). E deve estar para breve a estreia em Portugal. Mas independentemente de tudo isso, está aqui uma bem original manobra de marketing.
posted by P. @ 2:56 da tarde   1 comments
terça-feira, dezembro 02, 2008
A Arte de Roubar


Tudo se passa num Portugal parecido com o país que conhecemos mas que se fosse um qualquer recanto perdido no México não seria de estranhar. Dois emigrantes, dois ladrões falhados com planos bem maiores do que as suas capacidades. Uma nítida influência de Quentin Tarantino, sim, mas também de um Desperado de Robert Rodriguez. Que experiência foi esta para Leonel Vieira, que levou consigo um Ivo Canelas, que entre os palcos e o ecrã tem conseguido cimentar a sua carreira? E que filme é este que tem sido tão devastado pela crítica? Em muito lugar esta pequena peça de cinema tem sido acompanhada por pungentes marcas negras que sentenciam o filme sem misericórdia.
A Arte de Roubar.
Como o poderemos explorar? Ao nível da montagem o filme mostra-se competente e a fotografia é bem conseguida no sentido em que transmite um certo calor, algo consistente com os muitos momentos que o filme tem sob um sol abrasador. A história tem as suas debilidades. E a entrada de várias personagens caricatas (que outros realizadores gostam de explorar esta faceta?) funciona de um modo geral bem a nível cómico, embora haja personagens (e actores) claramente mais interessantes. Acredito que o filme reserva uma boa porção de qualidades… e estragando um pouco o suspense adianto que teve um impacto positivo em mim.
É sem dúvida uma experiência: pelo tipo de história; pelas cenas de sangue que fazem rir; pelas piadas (algumas mais inteligentes do que outras); por ser português mas falado essencialmente em inglês (embora um inglês que nem sempre é fluente).
Esta Arte de Roubar de Leonel Vieira não compete de todo com o que de melhor o cinema português sabe fazer, isso parece-me claro. Mas se por um lado há a necessidade de fazer essa distinção pela qualidade (artística) da peça, não posso deixar de parte o seu quê de especial e de novo que este filme conseguiu trazer.
Cativou-me, e sei que me repito por outras palavras. Mas a verdade é que acredito que este filme pode vir a ser uma pequena peça de culto no cinema português. Só porque é diferente daquilo a que estamos habituados na produção nacional. E porque é positivo haver essa diferença.
Sabemos que as expectativas acerca de um filme podem ser sempre tão variadas. E nem de todos os filmes podemos esperar algo de sublime que desafie a nossa própria compreensão. E a verdade é que para mim foi uma sessão de cinema bem passada. A Arte de Roubar foi feita (acredito) com o simples propósito de entreter. Por acréscimo veio essa tal diferença. Mas no fundo, no fundo, deu-me um gozo especial ver a forma disparatada como tudo se expôs a minha frente enquanto não me lembrava de um filme português que se lhe assemelhasse.

Que dirão vocês sobre este filme? Terá as suas virtudes, ou não passou de uma página negra no cinema português?

posted by P. @ 4:50 da tarde   2 comments
 

takeabreak.mail@gmail.com
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