terça-feira, dezembro 09, 2008 |
Filme do mês | Novembro |
Com um ligeiro atrasado, segue os destaques do mês de Novembro: Ana Silva Blindness Este mês destaco «Blindness», um filme para o qual não encontro muitas palavras. Sólido, envolvente, sufocante. O ambiente torna-se sujo, irrespirável, impossível - não se consegue mais. A fome, a loucura, a insanidade começam a revelar-se nas personagens que, a pouco e pouco, integram a realidade de "blindness". O filme começa com a expressão "um mar de leite", que de repente leva o mundo ao caos, onde tudo e todos se afogam. No cenário, destaca-se Julianne Moore, num desempenho absolutamente brilhante. Igualmente brilhante é a fotografia do filme, característica, acentuando as imagens e as emoções. Os rostos, os olhares, as marcas em cada um dos «cegos».
not_alone Blindness
Fernando Meirelles, diga o que se disser, tem tomates. Depois de Cidade de Deus e de um mais ensonso Fiel Jardineiro, volta a pegar numa história polémica e a trazê-la para o grande ecrã. Não está (e dificilmente alguma incursão de outro realizador estaria) à altura do livro. A partir daqui podemos apreciar a obra como projecto arrojado que é, com muito sentimento e pautado por uma entrega total de todos os que participaram. Jullianne Moore é exímia, mais uma vez, a provar porque é das melhores actrizes dos nossos dias. Se fica a faltar uma obra cinematográfica coesa e avassaladora, sobra, em detrimento, um exercício de dor, suor e paixão. E isso chega-me. Paulo Blindness
Num mês parco em estreias verdadeiramente empolgantes, ainda assim a adaptação de Ensaio Sobre a Cegueira, por Fernando Meirelles, merece uma referência. Não porque seja uma obra-prima, ou porque tenha conseguido uma transposição realmente eficaz de um extraordinário romance, mas porque é um filme corajoso (nem sempre feliz, é certo) ao pegar num tema tão duro e transformá-lo num objecto suficientemente forte para merecer o visionamento. Meirelles volta a fazer uso da sua força visual e direcção de actores (Julianne Moore é, como sempre, magnífica) e apenas peca por um argumento insuficiente em alguns detalhes e uma visão mais "limpa" do que aquela que seria ideal. "Ensaio Sobre a Cegueira" pede para ser sujo e brutal.
P.R. Blindness
Comecemos pelo óbvio: Blindness é enquanto filme muito inferior ao livro, que considero uma extraordinária obra-prima. Feita tal constatação é possível agora passarmos aos elogios. E a verdade é que feito o distanciamento com a obra literária, o filme de Meirelles consegue passar de forma bastante satisfatória e forte as consequências da "cegueira branca". Pautado por alguma subtileza que retira um certo impacte dramático, fica para a história um filme cru, bruto e sofrido e uma interpretação magistral de Julianne Moore. Duarte Nada a destacar P. Nada a destacar Carlos Pereira A Fronteira do Amanhecer. Já não se filma assim. O novo filme de Garrel é um hino ao amor louco, em imagens em que o contraste do preto e branco é inquietante e hipnotizante. Trata-se de filmar uma relação numa perspectiva de fatalidade, e mesmo assim fazer-nos crer que nada é maior. Claramente um dos filmes do ano Ursdens Nada a destacar |
posted by P.R @ 2:09 da tarde |
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2 Comments: |
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Raios, ainda não consegui ver o novo filme do Garrel!
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Com uma estreia tão limitada, duvido que muitos o tenham visto...
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Raios, ainda não consegui ver o novo filme do Garrel!