O meu destaque do mês vai para o filme "REC", Um filme sem clichés (ou com muito poucos) onde houve momentos em que claramente faria "stop". Apesar de não ser «consumidora habitual» destes filmes, REC consegue ter momentos realmente arrepiantes e inesperados. Apesar do espaço restrito da acção, a história, a realização e os desempenhos estão, sem dúvida, à altura.
H. Youth without Youth
A escolha do meu filme do mês contemplou o regresso do grande Francis Ford Coppola, que nos traz com Youth Without Youth uma obra diferente mas simultaneamente com algumas rimas dentro da sua filmografia. É um filme emocionado, apaixonado, que experimenta e homenageia cinema de outros tempos. É um filme pessoal, passível de gerar reacções extremadas. A mim fascinou-me por inteiro. Uma obra para ver e depois rever e redescobrir.
not_alone Blade Runner
25 anos depois ainda é importante, ainda é actual, ainda faz qualquer fã de Harrison Ford, de Ficção Científica ou somente de bom cinema, vibrar. É sempre uma oportunidade a agarrar quando podemos rever grandes clássicos do cinema na grande tela. E confirma-se, a experiência é sempre mais intensa. Blade Runner podia ter efectivamente estreado este mês pela primeira vez e continuaria a ser uma das maiores obras de culto da 7ª arte.
Paulo We own the night
Tendo em consideração que Blade Runner é uma reposição e não uma estreia, prefiro chamar a atenção para essa belíssima estreia de Abril, o terceiro filme de James Gray, We Own the Night. Uma saga familiar de contornos clássicos, onde os dois lados da lei estão bastante bem delineados, e Bobby terá de escolher entre o bem e o mal. Entre a sua verdadeira família, e aquela que o tem vindo a acolher. Polícias, criminosos, bons momentos de acção e, sobretudo, excelentes interpretações por parte de um elenco bastante inspirado, são os pontos fortes desta realização segura, e com pormenores que a elevam acima da mediania. Uma das boas surpresas deste ano cinematográfico, que vale a pena destacar.
P.R. Blade Runner
Blade Runner não é, de facto, um estreia mas é impossível não o citar como filme do mês. Antes de entrar na sala de cinema nunca tinha visto nada sobre o filme. E ainda bem, pois desfrutar pela primeira vez de uma obra desta qualidade numa sala de cinema foi um daqueles prazeres cinematográficos que não se esquecerão. Blade Runner é a definição perfeita de uma obra-prima.
Duarte Nada a destacar
Eu sei que pode parecer um exagero, mas eu tenho três filmes a destacar este mês,
*Youth Withouth Youth - precisamente pelas razões que H. mencionou. A ver e redescobrir mais tarde. Único
*We Own the Night - porque é um drama intenso, com uma narrativa fantásticva, interpretações magistrais e uma realização crua e fria que transcende o que é bom.
*My Blueberry Nights - porque é uma fita com uma mensagem extremamente importante e é sublimemente realizada com interpretações muito muito boas.