quarta-feira, setembro 03, 2008
Filme do mês | Agosto

Ana Silva | The Hottest State

Agosto é o típico e habitual mês de férias. Na vida e no cinema. Por isso, entre os poucos filmes estreados, e apesar de Wall-e
nos aconchegar o coração, a minha escolha recai sobre "The Hottest State". Filme que chegou até alguns no Indie 2007, quando tive oportunidade de o ver, é uma história sobre a vida real, sobre os desafios e contratempos que encontramos na vida e nas pessoas. Este filme, realizado e escrito por Ethan Hawke, envolve-nos do principio ao fim e, de certa forma, «ensina-nos» uma verdadeira lição de vida.

H. |
Aquele Querido Mês de Agosto

Dos filmes estreados em Agosto, faria dois destaques em conjunto – este e WALL-E –, não fosse aqui obrigada a optar por um. Sendo assim, escolho o filme que me introduziu ao universo de Miguel Gomes, autor que passarei a seguir com atenção. Aquele Querido Mês de Agosto é um híbrido desconcertante e, muito peculiarmente, sedutor. Um filme onde a realidade e a ficção se misturam de forma imperfeitamente perfeita, um filme que é tanto sobre o Portugal interior (no "querido mês de Agosto" dos que voltam e dos que sempre estão) como é sobre algo tão mais abstracto e universal como a feitura de um filme. Uma surpresa dificilmente equiparável neste ano cinematográfico.

not_alone | The Hottest State

Desta vez tive uma escolha realmente difícil. Se Wall-e é a melhor história de animação alguma vez feita e nos aquece o coração de uma forma incomparável, eu prefiro baldes de àgua fria. E não levava com um como em The Hottest State há muito tempo. Um filme independente, que foge à regra e nos mostra o amor como uma doença (como diriam os Ornatos Violeta). Os seus diálogos ásperos são verdadeiras lições de vida e nunca nos deixam fugir dos nossos próprios fantasmas. Ethan Hawke é tão bom no ecrã, como fora dele e não deixou que o seu projecto mais pessoal ficasse largado aos lobos. Catalina Sandino Moreno, Mark Webber e Laura Linney são, numa palavra, brilhantes. E mais do que uma película numa tela, há toda uma aura que envolve este estado mais quente. Como numa tarde abrasadora de verão, chegamos ao final com os músculos doridos, a garganta seca e um incontrolável desejo de tomar um duche gelado. Para enrijecer o corpo.

Paulo | Wall-e

Pode não ser um filme perfeito, mas a verdade é que esta nova animação da Pixar tem na manga alguns trunfos verdadeiramente deliciosos. A começar pelo enorme coração que, como é hábito, inunda toda a película, coração esse que aqui surge no corpo de um robô irresistível, pelo qual irremediavelmente acabamos apaixonados. Há momentos de pura magia que, no seu melhor, nos fazem esquecer alguns desequilíbrios do argumento, havendo ainda espaço para uma mensagem perspicaz sobre o planeta e, no fundo, sobre a Humanidade. A Pixar não sabe mesmo produzir obras más.

P.R. | Wall-e

Num mês de Agosto onde as idas ao cinema foram fracas, o meu destaque vai inteirinho para a nova obra-prima da Pixar: Wall-e. Se Ratatui o ano passado agradou mas não arrebatou, é com o pequeno robô que a Pixar nos conquista definitivamente. Não admira que o filme demorasse mais de 10 anos a passar do papel. Há obras e histórias que devido à sua complexidade e brilhantismo precisam de amadurecer, de encorpar toda a humanidade, amor e harmonia para depois desabrochar num filme belíssimo e numa das maiores histórias de amor do ano.

Duarte | Wall-e

Era um filme de animação carregado de imensas expextativas. Algo diferente, ousado, quase livre das habituais amarras narrativas e restrições dialogantes. E sim, o filme é tudo isso, e é um passo numa direcção diferente por parte da genial equipa da PIXAR. Mas também, por isso mesmo, não é tão bom como o pintam, havendo uma clivagem entre as belíssimas partes quasi-românticas e apaixonadas do mundo isolado de Wall-E e EVE, com aqueles chatos seres humanos que não parecem fazer parte desta ou qualquer película. Mas o filme tem um coração gigante, e a personagem que lhe dá nome faz-nos ficar pelo beicinho com generosa e cómica facilidade. Além de que uma pixelização do nosso planeta nunca pareceu tão real e deveras alarmante.

posted by not_alone @ 2:22 da tarde  
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