 Confesso que quando ouvi Isobel Campbell ao vivo no Lisboa Soundz o impacto que me causou foi reduzido. Apenas conhecia algumas músicas a solo da ex-Belle & Sebastian e ainda não tinha tido oportunidade de ouvir este magnífico «Ballad of the Broken Seas», em que canta com Mark Lanegan, vocalista dos Queens of the Stone Age. E quando ponho o álbum a tocar… foi amor à primeira audição. A sonoridade minimalista das faixas do disco, aliada a um contraste de vozes em perfeita sintonia – a dela suave e doce e a dele rude e grave – resultam num dos trabalhos mais interessantes que ouvi nos últimos meses. Ao escutá-los lembramos Bob Dylan e Joan Baez, Johnny Cash e June Carter ou a parecia de Nick Cave com Kyle Minogue em “Where The Wild Roses Grow”. Deixamo-nos embalar pelas guitarras e pelo violoncelo de Campbell, ou pelas batidas da percussão que aqui ou ali se fazem ouvir. Num disco muito equilibrado e onde dificilmente encontro músicas que me façam desprender a atenção, destacaria no entanto “Black Mountain”, “Ballad of the Broken Seas” “Revolver”, “Honey Child What Can I Do?” e a perfeita “Saturday’s Gone”. Sons para escutar com os ouvidos e com o coração, «Ballad of Broken Seas» é um álbum para fruir seja numa calma solitária seja numa companhia relaxada. Fica o pensamento do quão interessante seria redescobrir este álbum ao vivo numa sala como a Aula Magna, pois certamente merece uma apreciação diferente da recepção indiferente que teve no Lisboa Soundz. Mas na impossibilidade de tal, pelo menos para já, exorto todos a descobrirem este disco magnífico!     |
Cara helena, mais uma vez parabéns pela sugestão e pela diversidade que ofereces ao blog! Keep up the good work ;)