
The Last Kiss é um remake americano de um filme italiano relativamente recente. Com argumento de Paul Haggis (o mesmo de Crash e Million Dollar Baby) e realização do actor Tony Goldwyn (que realizou também a comédia romântica Someone Like You e o pequeno drama A Walk on the Moon), centra-se na história de um jovem de 29 anos para mostrar uma série de situações de crise geracional. Tendo como protagonista Zach Braff, rosto que conhecemos do fenómeno indie “Garden State”, o filme tem algumas ideias interessantes pela familiaridade que nelas podemos encontrar. Os compromissos, a dificuldade em se tornar “adulto”, a paternidade, o adultério são temas fortes do filme, que se vai desenrolando em situações mais ou menos previsíveis, tendo como centro Braff mas envolvendo ainda as figuras dos seus amigos, namoradas e os pais da sua companheira. Apesar da relativa banalidade que atravessa as situações de todo o filme, o problema está mesmo nas desapaixonadas interpretações que, à excepção de uma espantosa Blythe Danner, pouca humanidade conseguem imprimir às suas personagens. Há ainda que falar, mas pela positiva, na banda sonora a cargo de Michael Penn e onde figura uma canção da sua esposa, a magnífica Aimee Mann (“Today’s the day” ouve-se a dada altura). Apesar de tudo, The Last Kiss torna-se uma proposta mais ou menos considerável para um público de jovens adultos que, de alguma maneira, se podem rever nas dúvidas e tentações do protagonista. E, naturalmente, há sempre uma dose de “guilty pleasure” que se pode retirar destas incursões cinematográficas ligeiras nos problemas de ‘crescimento’ que a maioria de nós enfrenta.   |
Apesar da crítica menos positiva acho que vou arriscar :P