Mr. E (Mark Oliver Everett para as finanças) tem uma voz carregada de vida; incomum. Se o ritmo é forte a voz parece desbragada, se a música é triste já não é bem uma voz - é alguém despedaçado que nos decidiu contar coisas.
Tenho várias bandas preferidas/favoritas/que adoro. Mas Eels sempre foi diferente. Pela simplicidade, pelo humanismo, até por uma certa ingenuidade nas letras. Às vezes apetece apenas dizer que é bonito, mas a palavra, tantas vezes mal gasta, perde a sua força.
Os Eels, como executantes, nunca foram uma banda excepcional. Nunca serão um sucesso à escala planetária nem têm a genialidade que lhes permita sobreviver aos séculos, intocáveis. Mas diz(-me) qualquer coisa que não é indiferente. Que dá vontade de acompanhar. Depois de alguns anos sem música, voltaram em 2009 em excelente ritmo, com Hombre Lobo. Álbum rápido, quase imparável, e invariavelmente capaz de nos fazer mexer. A postura meio perdida, quase abandonada, não coube lá como costuma caber. Parece ter ficado reservada para este End Times. O álbum chegou agora (às lojas portuguesas há-de chegar na próxima semana) e a primeira amostra é Little Bird.
O vídeo é uma única cena. Vemos Mr. E sentado numa cadeira, só com a guitarra. A câmara aproxima-se e durante poucos minutos podemos ouvi-lo. E é só.
Gosto.....gosto muito de eels...
Obrigadinho pelo momento...