quinta-feira, julho 10, 2008
Filme do mês | Junho

Ana Silva Nada a destacar

H. Alexandra

Alexandra, realizado pelo russo Aleksandr Sokurov, foi sem margem para dúvida o melhor filme que vi o mês passado. Um olhar envolvente, simultaneamente muito real e algo poético, das deambulações de um avó de visita ao neto soldado na Tchetchénia. A sua condição de mulher, de velha, de avó e de russa é confrontada com vários "outros", sendo que ela emerge sempre, com todas as suas fragilidades, como um ser admirável, extraordinário não deixando nunca de ser comum. Um dos mais belos filmes do ano.

not_alone O Orfanato

Num mês particularmente fraco, O Orfanato destaca-se por conseguir surpreender. Tem suspense, mistério, drama e até sobrenatural ou fantasia, nas medidas certas. Consegue manter-nos envolvidos no sua trama com um argumento sólido e, já no final, deixa de lado o mecanicismo da coisa para deixar o sentimento segurar as pontas soltas. E resulta, estranhamente.

Paulo The Happening

Num mês globalmente fraco em termos de estreias o destaque vai, ainda assim, para The Happening, o novo M. Night Shyamalan. Apesar de se saldar, talvez, como o menos empolgante filme da sua carreira, é ainda assim uma obra recheada de grandes momentos de cinema que, por si só, valem o visionamento e suplantam algumas debilidades ao nível do elenco e mesmo do argumento, nem sempre tão coeso como outras obras que carregam a sua assinatura. Além disso, é um dos seus trabalhos mais extremos, no limite, em que o dispositivo do medo, surge sem uma forma propriamente dita. É também um filme-mensagem disfarçado de série B, e uma proposta sólida para este Verão cinematográfico.

P.R. Nada a destacar

Duarte The Happenning

Shyamalan nunca realizou nada que eu não apreciasse. Gosto do seu estilo, do seu método, da sua muito particular forma de contar uma história e de lhe proporcionar uma específica ambiência. E "The Happening" segue um pouco a sua linha cinematográfica, não desiludindo, sendo sempre capaz de nos prender efectivamente à cadeira, mas, neste caso, infelizmente, de uma forma menos inspirada do que é habitual, apesar de, estranhamente, bem mais violenta graficamente. Mas as coisas boas estão lá na mesma, talvez assentes numa premissa sobrenatural menos inspirada, mas que fazem juz a um cinema de género, a que se claramente cola e que evoca em cada plano.

posted by P.R @ 11:45 da manhã  
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