
É oficial, este álbum é uma desilusão. Eu dei-lhe tempo, esperei para o ouvir nas mais distintas situações e alterações de humor, quis muito que crescesse em mim. Mas tudo me fez chegar à mesma conclusão: acho-o realmente mau. Depois de Lefthand e Sweet Moods and Interludes, esperava-se que os Coldfinger dessem o salto, para algo magnífico. Sim, a espectativa era muita, não só pelos antecessores, mas pela pérola que foi o álbum a solo de Margarida Pinto.
De louvar a mudança radical de rumo na carreira, pena que tenha sido com resultados tão desastrosos. O Trip-hop foi substituído por um Dance-pop que já ouvimos mil vezes, em melhor, de bandas como os Goldfrapp, os Moloko ou até mesmo os portugueses The Gift. As experiências com sintetizadores e mesas de mistura tornam o produto final demasiado experimentalista e sem descobrirmos muito bem que rumo é que os Coldfinger queriam tomar. Desconfio que eles próprios não sabem. A fórmula esgotou-se e a banda parece já não ter nada para dar. A tarefa de sair da sombra de Cover Sleeve ou Beauty of You tornou-se demasiado pesada para funcionar de outra forma.
Supafacial, a música que dá título ao álbum e que foi 1º single, foi um refrescante começo para estes novos Coldfinger mas, infelizmente, o resto do CD não passa de um enfadonho e repetitivo bocejo. Margarida Pinto parece desenquadrada do projecto, acabando por ser abafada por todo o entulho de sonoridades e samples.
Ficamos à espera de uma nova página na vida dos Coldfinger ou, e isso sim parece-me a escolha acertada, uma aposta mais forte de Margarida Pinto na sua carreira a solo.
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Ouch, também achei fraco, embora não tanto como a classificação que lhe atribuíste :S
Mas sim, é o pior álbum deles, aquela electrónica datada misturada com guitarradas manhosas não convence e parece um mau disco de trip-hop de 1997. Safam-se umas 3 ou 4 canções.