segunda-feira, junho 23, 2008
Damages

Para mim, Damages foi durante muito tempo apenas “a-série-de-advogados-onde-entra-a-Glenn-Close”. No entanto, e movido pela euforia" da rede social destas bandas, resolvi arriscar. E a verdade é depois de ver o piloto não consegui parar de seguir a série.

A história é bastante simples: Ellen Parsons uma advogada recém-licenciada consegue entrar num dos escritórios de advogados mais prestigiantes da cidade, tornando-se a “protegida” da temida e temível Patricia Hewes. Isto no momento em que a Patty lida com um dos seus maiores casos e que a coloca frente-a-frente com Frobisher (Ted Danson) a quem acusa de corrupção.

No entanto, não é a história de fundo que agarra o espectador mas sim uma estrutura narrativa sublime e pouco usual na televisão, que combina a acção presente com flashfowards que avançam 4 meses. É na brilhante coordenação destes momentos, e na revelação a conta-gotas dos pormenores, que a série se ultrapassa, agarrando o espectador durante toda a série até um sprint final alucinante.

Mas se é verdade que a série ganha muito pela estrutura que lhe é instituída, não deixa de ser menos notório que a série só ascende a um novo degrau qualitativo devido aos (brilhantes) actores que dão corpo as personagens. Se a Glenn Close é aquele monstro de representação que todos conhecemos (tendo aqui mais uma “criação” que ficará nos grandes momentos da sua carreira) o meu destaque vai inteirinho para Rose Byrne. Quase uma desconhecida (entrou no Sunshine de Boyle), Byrne é fenomenal na forma como personifica a evolução da personagem, chegando mesmo a roubar algumas cenas a Close. É sem dúvida nenhuma, pelo menos para mim, e das séries que vi, a grande surpresa do ano, merecedora de todas as nomeações e prémios. Não menos meritória é a extraordinária interpretação de Zeljko Ivanek que me leva a perguntar onde é que este senhor andou durante estes anos.

Mas só existe bons desempenhos, quando há bom material por trás, e a verdade é que os argumentistas tiveram o cuidado, ao longo de 12 episódios, de tratar todas as personagens com dignidade e até com uma certa originalidade. Com isto quero dizer que ao contrário das outras séries aqui não há o bom e o vilão ou o culpado e o inocente. Bem pelo contrário, há bastante aproximação entre ambos, esbatendo as suas fronteiras. Isto é quem é o “vilão” desta série: Patty ou Frohisber? Pois… Quem viu a série perceberá (ou não).

Posto isto, se Damages não é uma das melhores séries deste ano (para mim é) é pelo menos a grande surpresa televisiva da temporada.
posted by P.R @ 5:59 da tarde  
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