segunda-feira, outubro 27, 2008
Tres Dias

Armaggedon ainda paira assustadoramente nas nossas memórias e quando pensamos em filmes sobre meteoritos que vão dizimar a terra há um súbito sentimento de repulsa. Tres días tem essa permissa, um meteorito, dirigido para a terra, pronto a terminar a vida no nosso planeta. Neste cenário apocalíptico conhecemos Rosa e Alejandro. Mãe e filho, numa cidade perdida espanhola.

Pelas (poucas) notícias que a televisão vai transmitindo, apercebemo-nos do terror que invade um mundo com prazo de validade de três dias. Rosa, com a ajuda do filho, procura abrigo na casa de um outro filho. No meio do campo, sem vizinhos à vista, as únicas pessoas que ainda encontram são 4 crianças, netos de Rosa, deixados ao abandono. E um visitante que teima em não se ir embora.

Se, no ínicio pensamos que este seria um filme sobre o fim do mundo, depressa nos apercebemos que isso serve apenas como fundo para toda outra história, bem mais interessante. O fim do mundo pode estar perto, mas não vem do espaço. Como vimos recentemente em filmes como [REC], o cinema espanhol está a aperfeiçoar cada vez mais o terror e a trazer-lhe sempre algo de novo. Tres Días balança muito bem entre o suspense e o declaradamente violento, com personagens intensas e memoráveis.

A ajudar a criar o ambiente, temos uma realização inteligente por parte de F. Javier Gutiérrez e uma fotografia exemplar de Miguel A. Mora. A fazer lembrar a brancura ofuscante de Blindness. Tres Dias deu que falar no festival de Berlim, por cá resta-nos esperar que alguém se lembre de o pôr nas salas de cinema ou numa prateleira da Fnac.

posted by not_alone @ 4:03 da tarde  
2 Comments:
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