Depois de ter inaugurado esta rubrica com aquele que terá sido o momento que mais marcou a minha vida naquela fase tão precoce, prossigo com aquele que será, porventura, o que melhor preenche os requisitos de “grande momento”: nada mais, nada menos do que a sequência da morte perto do final de The Godfather, de Francis Ford Coppola.  O problema ao escolher um momento como este, está precisamente no facto de não haver grande coisa para dizer. As imagens dessa sequência valem por mil palavras (elevadas ao infinito), e arrisco-me mesmo a dizer que nenhum outro momento em nenhum outro filme (passado, presente ou futuro) irá superar este que hoje recordo. Não só porque é perfeito em termos cinematográficos – uma série de montagens paralelas que incluem alguns assassinatos e um baptismo – mas também por tudo aquilo que representa em termos da história que se seguiu até àquele ponto. É uma autêntica explosão em termos dramáticos e emocionais. Está consumado! Michael tornou-se finalmente naquilo que não queria ser, vingou o seu pai e o seu irmão. Nasceu um padrinho, nasceu um clássico, e agora calo-me, na esperança de vos fazer a todos ir a correr até ao leitor de DVD e retomar esta cena... Até à próxima!  |