Este pequeno mundo numa caixa é Manel Cruz, ex-Ornatos Violeta, ex-Pluto, pré-Supernada, ainda um dos maiores talentos da música portuguesa.
Foge Foge Bandido é como nos sentarmos num estúdio de gravação durante um dia, enquanto alguém grava um disco. Muito na sua fase inicial. Há muito por onde puxar, pouca coisa em concreto para mostrar. Este projecto falha e triunfa, ao mesmo tempo, por tudo isso. São
samples, convidados especiais, arranjos arrojados, gravações
à capela, em
fast forward, deambulações e experiências pelo mundo dos sons. Poucas canções. Mas as que existem bastam-se.
A descortinar um pouco do que poderiam ter sido os Ornatos Violeta, Manel junta-se a um grupo de infindáveis amigos e companheiros de luta, para criar. E criar é a palavra de ordem. Uma verdadeira maratona de pequenas luzes musicais, acompanhadas por um livro de 140 páginas. Inovador? Nem tanto assim, mas hoje em dia o que é realmente inovador? E quem disse que era preciso ser inovador para ser bom?
Manel Cruz é um prodígio. Transporta música em cada pedaço de si e Foge Foge Bandido é uma tentativa de agarrar toda essa amálgama musical que tem vindo a carregar durante 9 anos e, ao longo de 68 músicas, dar-lhe uma casa. Um sítio para que possa ser visitada e apreciada pelo demais ouvinte. É quase fado, o talento deste homem. Na certeza de que o faz pelo prazer pela música, Manel Cruz junta os fragmentos dos seus mundos neste projecto.
Foge Foge Bandido tem uma edição limitada de 1100 exemplares e, caso façam a pré-compra, habilitam-se a receber uma chamada telefónica do próprio Manel Cruz. Eu sei do que estou a falar...
Desculpa a ignorancia, mas onde podemos fazer a pré-compra ?