Eu bem queria acreditar que o filme poderia ser algo de interessante. Mas não. É mau. É muito mau. Mau demais para os fãs dedicados de uma das mais emblemáticas séries das últimas décadas. Eu, como seguidor moderado, esperava um filme que reflectisse o ambiente e as temáticas das primeiras temporadas. Um filme que honrasse o legado que a série deixou. Mas não. O filme consegue ser pior que o seu antecessor. Toda a história deste I Want to Believe (e vocês não imaginam quantas vezes esta frase é dita ao longo do filme) é um pequeno desastre. Não é uma questão de ser verosímil ou de fazer sentido (porque até nem o faz, mas pronto… são os Ficheiros Secretos), o epicentro de tal hecatombe é o facto do argumento ser simplesmente parvo, aborrecido e pouco estimulante para o quem o vê. E se é verdade que Gillian Anderson até se safa, embora num registo bem diferente do que conhecemos da Scully, David Duchovny está irreconhecível como Fox Mulder. Quem acompanha, por exemplo, as aventuras de Hank Moody (Californication) terá algumas dificuldades em perceber esta apatia que, aliás, parece ter ser a palavra de ordem neste filme. É tudo demasiado apagado, simples, linear e nonsense. Não há um rasgo que seja de originalidade, não há um conceito cinematográfico que sustenha este regresso da série televisiva. E tudo isso ajuda a criar um dos piores filmes de 2008.
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Embora não me incomode tanto quanto a ti, é definitivamente fraco, sem nada a acrescentar de empolgante que ao cinema, quer à própria saga dos X-Files.