segunda-feira, maio 04, 2009 |
Pushing Daisies | Temporadas 1 e 2 |
Os factos são estes: Pushing Daises teve a duração de duas temporadas, foi cancelada a meio da segunda mas tiveram a amabilidade de lhe darem um final digno. Ou qualquer coisa parecida.
Criada por Brian Fuller (produtor e argumentista da única boa temporada de Heroes, a primeira) Pushing Daises tem uma clara influência do filme O Fabuloso Destino de Amelie. O mundo de fantasia, envolto numa bem disposta palete de cores e sabores, com um humor tão doce que nem damos pelo seu sarcasmo.
Lee Pace é Ned, um desajeitado cozinheiro de tartes, com uma habilidade especial. Aos 9 anos, 27 semanas, 6 dias e 3 minutos de vida, descobriu-o pela primeira vez. Sempre que toca em algum ser morto, eles ressuscitam. Mas não é assim tão simples, se ele voltar alguma vez a tocar neles, voltam a morrer, desta vez para sempre. 60 segundos depois de Ned ressuscitar alguém outro ser vivo morre em seu lugar. Um poder amargo, como o nosso piemaker vai perceber ao longo da série.
Anna Friel é Chuck, o amor de infância de Ned, que o reencontra já adulta na pior das circunstâncias. Dentro de um caixão. Ned não resiste à possibilidade de salvar o amor da sua vida e volta a dar-lhe vida. Mas, como já se sabia, nunca se vão poder voltar a tocar, ou Chuck morrerá para sempre.
Desta premissa retirada de um conto de fadas, acompanhamos durante as duas temporadas, o amor platónico de Ned e Chuck, e as suas aventuras como detectives em part-time. E aí entram os personagens secundários: Emerson Cod, detective privado que usa o poder de Ned para descortinar homicídios; Olive Snook, empregada de balcão e apaixonada por Ned; Vivian e Lily Charles, tias de Chuck; e o sempre constante narrador da história que com uma simples frase nos capta de imediato a atenção: "The facts are these..."
É com cores garridas e um olhar positivo que Pushing Daisies encara a morte, na série (e da série). Ou qualquer outro assunto do nosso dia a dia. Carregado de humor, somos brindados com um inteligente ensaio sobre relações e responsabilidade. Como um qualquer filme da Disney, ou um musical da Broadway (Pushing Daises está algures no meio dos dois) é entretenimento para fazer sonhar, sempre com uma mensagem e uma moral enternecedora.
Sobre o final da série, fica um sabor doce-amargo. Contente por não ter sido cancelada e abandonada em qualquer episódio sem um desfecho para as personagens (e é assustador a quantidade de vezes que isso acontece com as séries americanas), mas, ao mesmo tempo, descontente por ter sido tudo às três pancadas. Nota-se a falta de tempo e de motivação para atar todas as pontas soltas, para resolver todos os mistérios. A ajuda do narrador também contribui para o final obrigatoriamente "a despachar"... De qualquer forma, Pushing Daisies conserva a sua marca, pela irreverência e esperança que deixa. Não deixem de dar uma vista de olhos. |
posted by not_alone @ 4:39 da tarde |
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2 Comments: |
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Esta foi daquelas em que achei a ideia boa, vi o piloto, mas achei demasiado lamechas e... amarela.
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No primeiro episódio fiquei com receios das semelhanças conceptuais com Carnivàle, mas felizmente as duas séries são muito diferentes (e boas). Foi uma pena terem cancelado uma série como esta, que conseguia ter um visual mágico e uma realização diferentes do resto, um mundo de cores que conseguia ser suficientemente adulto e belo, mesmo que um pouco artifical.
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Esta foi daquelas em que achei a ideia boa, vi o piloto, mas achei demasiado lamechas e... amarela.