quarta-feira, abril 08, 2009
Filme do Mês - Março

Pedindo desculpa pelo atraso, seguem os destaques do mês de Março:

Ana Silva Gran Torino
Aparentemente um filme 'pacato', onde um velho rabugento tem as suas habituais manias e rituais: sem misturas, sem palavras; cumpre a sua rotina, sem ninguém interferir. Na verdade, um homem magoado, destruido pela guerra, desiludido pela ausência de relação com os filhos, pela superficialidade das pessoas, pela ingenuidade dos vizinhos. Em ambos os cenários, a arma é sempre a sua defesa. «Gran Torino» é, sem dúvida, o melhor filme do mês e um dos melhores de 2009. Ganha pela pofundidade, pela uniformidade do Clint Eastwood e pela carga emocional do seu olhar. É um filme arrebatador e envolvente, com as medidas certas de humor e drama. A não perder.

not_alone Gran Torino
Clint Eastwood não brinca em serviço. Versátil, arrojado, profundo, clássico.... arrisco-me a dizer que é o melhor realizador americano da actualidade. Gran Torino comprava-o, com uma peça perto da perfeição. É tão simples e delicada que podia ter resultado num filme de domingo à tarde da TVI. Não tivesse Estwood como protagonista (na sua interpretação mais crua da carreira) e, acima de tudo, atrás das câmaras. O maior elogio que lhe posso fazer é afirmar que esta é das obras mais importantes da última década. Porque nos relembra o poder de uma história.

Paulo Che - The Argentine
Num mês onde Eastwood também mereceu destaque, a minha escolha tem de recair na belíssima primeira parte de Che, O Argentino. Filmado com uma beleza arrebatadora, e superiormente interpretado por um Benicio Del Toro no seu melhor, o filme não só consegue ser um retrato intimista de uma controversa figura história, como também um entusiasmante filme de guerra. A ver vamos se para o mês que vem este espaço é ocupado pela segunda parte...

P.R. Gran Torino
Gran Torino é não só o filme do mês, como o filme do ano e um dos melhores desta década. Bem sei que esta é sempre uma análise subjectiva, mas se a importância dos filmes advém do impacte que estes têm em quem o vê então cada elogio é amplamente merecido. Clint Eastwood assina aqui o seu mais "pequeno" filme mas também aquele que a mim mais me tocou. Numa altura em que é raro encontrar filmes que toquem mesmo cá dentro, a história de Walt Kowalski desfez-me por completo. Muito ajudado, obviamente, por reminiscências pessoais, a verdade é que Gran Torino tem em si qualidades mais do que suficientes para agradar a quem lhe der uma oportunidade. E apesar do tema já ter sido aqui largamente discutido não tenho qualquer problema em afirmá-lo com todas as letras: Gran Torino é uma extraordinária obra-prima.
Duarte Gran Torino
É bom beber um bom Clint Eastwood nesta altura do ano. É bom deixarmo-nos levar por uma história bem contada e uma realização sóbria, clássica e eficaz. É bom saber aquilo que vamos ver à partida e sair da sala de cinema de alma e paladar cinéfilo retemperado. E "Gran Torino" dá-nos esse reconforto emocional que nós tanto precisamos. E vamo-nos rir também, porque este Walt Kowalski é mesmo uma grandiosa criação do mestre, que nos faz sorrir na presença de tanto carisma irascível, mas sempre com o coração na manga . E não sendo um filme perfeito - há desiquilíbrios em algumas cenas e actores menores a circundar a fita - o impacto final é comovente e redentor, e algo que vamos recordar com a maior das estimas por muito e bom tempo.
P.Che - The Argentine
Num mês em que vi muita coisa, continua a faltar-me Gran Torino – para o qual tenho excelentes expectativas. Posto isto, resta-me destacar a primeira parte do ensaio de Steven Soderbergh sobre o ícone Che Guevara – O Argentino. Trata-se de metade de um pequeno portento que aterrou em 2009. Benicio Del Toro mostra-se verdadeiramente impressionante e não fica a dever em nada a Sean Penn (Milk) e a Mickey Rourke (Wrestler). Em O Argentino vemos a ascensão de Che, o médico que se transformou em guerrilheiro. Soderbergh construiu uma biopic pouco convencional, que tem a sua devastadora conclusão em Guerrilha (já nos cinemas). Ao todo, são mais de quatro horas de excelente cinema. A não perder.

Carlos Pereira Nada a destacar...

Ursdens Gran Torino
Para mim, que até nem sou fã do senhor, o melhor Eastwood de sempre! Uma história simples de final elaborado. O retrato de uma sociedade difusa imersa em conflitos raciais. O cosmopolitismo visto pela negativa e as dificuldades de quem nele cresce com vontade de dar o pulo! "Gran Torino" é a história de um anti-herói que se torna herói e a constatação de possibilidades redentoras a cada minuto que passa. Vale muito a pena!

posted by The Stranger @ 3:49 da tarde  
3 Comments:
  • At 5:00 da tarde, Blogger CS said…

    Caro Carlos, nada a destacar ou a preguiça de escrever (ou de ir ao cinema)?
    Não me diga que por esse mês de Março não encontrou nenhum filme que merecesse uma atenção especial?!?!

    Saudações Cinéfilas
    Doces ou Salgadas ?

     
  • At 6:51 da tarde, Blogger Carlos Pereira said…

    Não foi por preguiça ou falta de vontade, mas sim por falta de tempo. Claro que obras como o Gran Torino ou os dois Che me parecem de destaque, mas este mês não tive tempo para colocar as estreias em dia. Vou rapidamente tratar de ultrapassar estas falhas todas.

    Cumprimentos

     
  • At 7:03 da tarde, Anonymous LN said…

    O Gran Torino é tão ranhoso e fraquinho... tal como o Eastwood, que em tanto ano de carreira, salva-se quê (?), 20%?
    lol
    La Mujer Sin Cabeza: Filme de Março. Filme não. Cinema. Puro, como convém.

     
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