Falaram-me disto há pouco tempo, e a minha primeira reacção foi puro cepticismo. Passado uns dias vi pelos meus próprios olhos, e admiti - é bem possível que venha aí um óptimo filme. O trailer já denuncia algumas qualidades... e no IMDb até está bem cotado (7.6 em 10). Sim, vale o que vale. Mas mau sinal nunca é.
A grande estranheza em tudo isto, está no facto de ser um filme independente realizado por Fred Durst. Sim, ele mesmo.
Eu lembro-me bem dele e dos seus Limp Bizkit, de quando pegaram na coisa toda do nu-metal (instituição fundada pelos Korn) e a tornaram em mais um produto aglutinador de massas. Durante mais de um ano, Portugal engoliu a mesma febre. Escolas inteiras povoaram-se de putos com calções largos, de boné vermelho, a imitarem com a voz o scratch do DJ dos Limp Bizkit.
Em conjunto gritavam My G-G-G-Generation. E eu pensava apenas no puro business man que Fred Durst era: queria fama e dinheiro. Poderia ter inventado um chupa-chupa novo, que fosse um sucesso. Porém, decidiu fazer música. E tal como as boys band e a música latina antes haviam dominado o mainstream musical, desta vez era esta forma de metal.
Fred Durst e o seu boné vermelho, e uma legião foleira de seguidores que resultou em todo o tipo de coisa: Linking Park; Crazy Town - ainda se lembram destes? -; Evanescence - que já era a cena a ficar mais... "dark"... Enfim, tudo isto para dizer que em cima da mesa está uma esperançosa noção de mudança. É possível que Fred Durst tenha feito algo de jeito no meio artístico. Claro que não foi na música (nisso eu nunca acreditaria). Foi no cinema. Ele fez mesmo um filme, que parece ser mesmo bom, e tal coisa nunca me ocorreu.
Ainda não há estreia marcada em Portugal, mas fico ansiosamente à espera. No fundo, as pessoas às vezes surpreendem-nos pela positiva. É só isso que espero que aconteça...
eu queria baixá-lo, não acho. :|