terça-feira, junho 09, 2009
Filme do mês - Maio

P.R. Star Trek
Vi apenas dois filmes este mês, Wolverine e Star Trek, e as diferenças não podiam ser mais abismais. Enquanto que o primeiro é um retrato preguiçoso, piroso e albadrão da personagem mais interessante dos X-men, o segundo é uma viagem alucinante, inteligente e cativante aos primeiros anos da Enterprise. Eis a razão do meu destaque: demonstrar que um filme popcorn pode e deve levar-se um bocadinho a sério. Todos nós agradecemos.

not_alone Let the right one in
Numa altura em que os vampiros voltaram a encher salas de cinema, ecrãs de televisão e, principalmente o imaginário de todos (eu confesso que sou um grande fã do mundo dos vampiros e vejo tudo o que posso que meta vampiros) há filmes que se destacam pelas razões fáceis: Twilight não é mau, mas aposta demasiado no público adolescente e perde algumas potencialidades por se perder nessas limitações. Let the right one in, pelo contrário, foge ao mundo vampiresco que conhecemos e aposta na surpresa. O mistério acompanha todo o filme, que vive de uma tensão angustiante e de uma ambiência soturna. Assente na dimensão dos personagens, em especial no casal de crianças que protagoniza o filme, somos sugados para aquele negro mundo no interior da suécia. Não se poupa o terror, nem a violência (física e psicológica) poupam-se, felizmente, os lugares comuns e as fórmulas pré-estabelecidas. E sai um filmaço que não podemos perder.

Ana Silva Nada a destacar

Ursdens Nada a destacar

Carlos Pereira Nada a destacar

Duarte Star trek
Não sendo, nem de perto nem de longe, uma qualquer espécie de "Trekkie" não pude deixar de me entreter q.b. com esta incursão nesse particular universo por parte de JJ Abrams. E a realidade é que o filme é mesmo tremendamente cativante, pela química entre as personagens - excelente leque de actores - e pelo modo como funde a capacidade de contar uma história - por mais genérica que seja - com um ritmo bem elaborado e sempre em crescendo. E se, mais uma vez, Abrams mostra que não tem um scope muito alargado na hora de filmar grandes sequências de acção, mostra também que é efectivo no seu estilo pipoca com algum cérebro à mistura. E com isto, parece que temos saga para dar e vender nos próximos anos.

Paulo Let the right one in
Apesar de nenhuma das estreias do mês me ter arrebatado por completo, não podia deixar de destacar o filme sueco que, de há uns meses para cá, tem feito sensação um pouco por onde tem passado. Não sendo uma obra-prima, é uma nova abordagem ao tema dos vampiros, desta vez abordando a relação entre dois pre-adolescentes. Um rapaz maltratado pelos colegas de escola e uma rapariga que só pode sair de casa à noite. Há por ali alguns belos momentos de cinema e, apesar das falhas, consegue ser meritório o suficiente para ser destacado no meio da banalidade.

P. Let the right one in
Veio da Suécia, por entre a neve e o sangue, uma das maiores surpresas do ano. Com tudo o que não nos é explicado, Let The Right One in relembra-nos de que o universo fantástico pode ser cruel, denso e em última instância indecifrável. Aquele puto sueco andrógino e aquela pequena e bizarra miúda relembram-nos as primeiras coisas que aprendemos sobre o amor e a amizade - relembram-nos também do quão bizarro e quão deliciosa pode ser a nossa própria psique quando não sabemos como nos expressar. Depois, a fome vampiresca como que a dizer a dimensão do Vampiro é uma entidade em si própria, com as suas variadas formas – Drácula, de Bela Lugosi, era estilo e austeridade, Nosferatu era a doença e o horror: os dois mestres à sua maneira. Não se pense é em Twilight e em cinema de Terror. Let The Right One In está no seu próprio campo.
posted by P.R @ 10:58 da manhã  
1 Comments:
  • At 9:57 da manhã, Blogger aquelabruxa said…

    também gostei do "let the right one in", tem coisas originais, que não vou salientar especificamente para não estragar a espectativa. gostei da introdução à miúda (a primeira cena em que ela aparece), está muito boa. e o facto de se passar na suécia, que acho que é mesmo ideal para um vampiro, por ser tão escuro no inverno (anoitece por volta das 3 da tarde).

     
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