Apresentado ontem em antestreia nacional no Estoril Film Festival, o novo filme de Woody Allen é mais um excelente exemplo de um cinema da subtileza que caracteriza a sua filmografia. Portentoso contador de histórias, focando-se nas pequenas oscilações que derivam de uma narrativa simples, Allen assume aqui um extremo de economia cinematográfica. O sarcasmo continua a preencher aquelas vidas impulsivas – grande, grandioso trio composto por Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penélope Cruz, completado por uma magnífica Rebecca Hall. A narrativa desenrola-se sobre as relações sexuais e afectivas de um leque de personagens em evoluções improváveis, violentas, onde as emoções são comprimidas até ao ponto fulcral. Estamos perante histórias de amor pouco convencionais numa cidade de Barcelona filmada sempre de forma parcial, hábil, sem odes ou hipérboles – e que mesmo assim nunca deixar de ser profundamente fascinante, cercada por uma aura de sedução. Ali respira-se a fugacidade das vivências sem se perder a intensidade, para depois tudo se diluir. Que todos os momentos de cinema fossem tão aprazíveis como este. . |
Estou em pulgas para ver isto :)
Só deve estrear cá para o ano, não?