sábado, setembro 20, 2008
Emmys: Entourage
Vincent Chase (Adrian Grenier) é o jovem actor que caminha em direcção do estrelato na cidade dos sonhos e pelo caminho vai dormindo com as mulheres mais atraentes de Hollywood. Ele, mais o seu grupo de fieis amigos – o meio-irmão Johnny Drama (Kevin Dillon) é um actor menor à procura da sua grande oportunidade, isto apesar de estar já perto dos 40 anos; Turtle (Jerry Ferrara) pouco faz além de aproveitar ao máximo o estilo de vida de Los Angeles e, finalmente, Eric (Kevin Connolly), o mais próximo de Vincent que, acima de tudo, quer vingar na indústria e ao mesmo tempo poder afastar-se da sombra do maior amigo. São estas as “vidas em Hollywood” de que fala o título da edição portuguesa em DVD (tem outro título na edição televisiva - A Vedeta, apesar de tudo menos adequado, porque a série vai para além da vedeta), e são estas as personagens que vamos acompanhando já em plena quinta temporada.

Escusado será dizer que a indústria do cinema e o seu lado mais superficial são explorados e satirizados até à exaustão (especialmente na figura de Ari Gold, o agente de Vincent e, sem dúvida, o melhor de toda a série, interpretado por esse poço de energia hilariante que é Jeremy Piven). Mas a série em sí, ao contrário do que possa parecer, não se leva demasiado a sério, e mergulha ela própria nessa celebração da superficialidade hollywoodesca, residindo aí a sua principal virtude. Há quem classifique esta como o Sexo e a Cidade para homens, e tal afirmação nem é de todo despropositada, salvo as devidas diferenças, mas a verdade é que Entourage não quer mais do que ser uma leve e descomprometida série de entretenimento, algo que consegue sem grande esforço, especialmente pela astúcia de alguns diálogos e pela exploração de situações cómicas envolvendo as nossas ideias pre-concebidas sobre as celebridades. Aliás, não há episódio que não esteja povoado por um sem número de cameos de pessoas da indústria interpretando-se a si próprias (Jessica Alba, Paul Haggis, Ralph Macchio – imperdível – Mandy Moore, James Cameron e muitos outros), ou actores interpretando personagens muito próximas de outras bem conhecidas (o Harvey é uma versão hilariante do mítico Harvey Weinstein e uma das favoritas pessoais).

A quarta temporada, no entanto, acabou por se revelar a mais desequilibrada de todas e, se é verdade que começa e termina muito bem – com um primeiro episódio em jeito de making of do mais recente filme de Vincent, uma espécie de paródia a Scarface, e um último episódio que culmina com a apresentação desastrosa do mesmo filme no Festival de Cannes), os episódios intermédios são os mais fracos de toda a história da série, embora seja sempre divertida. A quinta temporada, acabada de principiar por terras americanas, promete voltar a melhores dias, embora ainda se sinta um pouco a sombra de episódios menos bons. Este ano, a série surge nomeada para dois Emmy, ambas na categoria de Melhor Actor Secundário em Comédia, com Jeremy Piven e Kevin Dillon novamente na corrida. O primeiro já venceu o prémio nos dois anos anteriores pelo mesmo papel, e o segundo é nomeado pela segunda vez e, sejamos sinceros, ambos são presenteados, todas as semanas, com as melhores linhas de diálogo, que debitam na perfeição. Mais justo do que isto, apenas se ambos pudessem ganhar...
posted by Juom @ 4:30 da tarde  
1 Comments:
  • At 6:47 da tarde, Blogger Unknown said…

    Por mim, ganhava ambos os prémios. É incrível o quão bem esta série faz o seu papel. Quanto a mim, é a cereja no topo do bolo de tantas boas séries de tv que correm por esse mundo fora.

    Abraço

     
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