Nasci nos 80’s mas o mundo que conheço lembro-me dele apenas dadécada de 90. Olhando para trás, é sempre mais fácil ver a deliciosa bizarria que povoou, não apenas a nossa infância, mas aquilo que era verdadeiramente o que conhecemos. Vivemos hoje uma complexa crise (será esta crise só de “hoje em dia”?) e arte, nas suas diversas formas, sempre teve a capacidade de reflectir o seu Tempo – só nos casos mais excepcionais a genialidade na arte se mostrou premonitória, mostrando um mundo que ainda estaria para vir. Mas isso são outras conversas.
Voltemos aos 80’s que não vivi.
A um tempo de prosperidade, onde o conforto ocidental parecia não querer acabar – é sempre nestas alturas que surgem os mais cómicos clássicos. Gizmo é uma dessas personagens, um querido e incomum animal, vindo sabe-se lá de onde, capaz de enternecer qualquer espectador. Mas Gizmo é mais complexo do que se possa pensar. Um pouco de água e o querido boneco multiplica infames bichos capazes de destruir tudo à sua volta. Capazes de matar e divertir ao mesmo tempo (!).
Relembrem Gizmo (primeiro vídeo) em 1984 e prestem-lhe o vosso tributo. Vi várias vezes os filmes, quando era mais miúdo, nos canais nacionais. Não sei se hoje em dia haveria espaço na grelha para algo assim. Então, mesmo com a absurda premissa e todos os seus defeitos, o público reagiu positivamente. E também isso é divertido e assustador ao mesmo tempo.
Depois, já à beirinha dos anos 90 mas com muito ainda desses 80's que tantas vezes ignoro, um pqueno tributo (dentro de um outro... "tributo") ao segundo e último capítulo da saga
Nos últimos anos, com tanto remake e regresso a sagas antigas, não é de estranhar que alguém se lembre de trazer Gizmo de volta ao mainstream - yep, é mesmo um futuro incerto. Se tal acontecer, antes de qualquer juizo de valor ou de qualquer análise crítica sobre o assunto, vou tirar uns minutos sozinho, só para rir um bocadinho.
é lindo.