Honestamente, não percebo o enchorrilho de criticas que têm caído sobre o último Indiana Jones. Não está à altura da primeira trilogia, é certo, mas caramba está bem longe do fracasso que todos teimam em sublinhar. A saga Indiana Jones ocupa um lugar privilegiado no meu altar cinematográfico. Revi inúmeras vezes as três aventuras de Indiana Jones sempre como o mesmo entusiasmo, nunca escondendo, porém, a minha predilecção por A Última Cruzada. Como tal, recebi o anúncio do novo Indiana Jones, 19 anos depois, de forma eufórica. Afinal poder assistir a um filme da saga num ecrã de cinema seria com certeza uma experiência monumental. E a verdade é que para mim o filme não desilude. Obviamente que não tem o fulgor de tempos anteriores, mas ao assumirem o envelhecimento da personagem dificilmente teríamos um filme na mesma linhagem. A história é cativante e consegue pegar em algumas pontas soltas dos anteriores filmes e convergi-las numa história interessante e coerente com o comic relief a atingir momentos hilariantes. O final é por ventura o ponto mais discutível mas a mim não me chocou, bem pelo contrário. Quanto às acusações de ser um videojogo não fazem para mim muito sentido, nem o sublinhar de um Spielberg em piloto automático. Temos mais cinema num minuto deste Indiana Jones que em sagas como A Múmia, o Tesouro Perdido ou outro qualquer filme realizado por Bay. Eu gostei. Bastante. Temos um Harrison Ford em grande forma e com o mesmo carisma de sempre, um Spielberg a oferecer-nos grandes sequências de acção, um George Lucas, que apesar de cair no seu fetiche, entrega-nos uma bela história, uma Cate Blanchett irrepreensível, como sempre, uma Karen Allen com a mesma irreverência e determinação de tempos antigos, um John Williams e a sua banda-sonora que nos arrepua aos primeiros acordes e um Shia Labeouf com força suficiente para continuar a saga ao estilo do A última cruzada. Para vós não sei, mas para mim é o suficiente para ser um belo filme de entretenimento! Ps – Só sou eu que acho o LaBeouf a incarnação humana do Tintim ? |
Não acho que esteja ao nível de A Última Cruzada (também o meu favorito) mas o espírito dos filmes anteriores está lá todo. Não me desiludiu nem um bocadinho.