Eis a grande cerimónia, a mais aguardada do ano – os Óscares. Após permanecermos acordados durante grande parte dessa madrugada «especial» e depois de todos os prémios conhecerem o seu vencedor, fica uma sensação de vazio. Já passou a ansiedade, a angústia de saber quem levará a estatueta mais desejada por quem faz parte desse mundo da sétima arte.
A cerimónia decorreu sem grandes percalços: a presença e o discurso arrojado de John Stewart deixam qualquer um de nós com um sorriso nos lábios. As críticas foram feitas sempre de forma airosa e em jeito de brincadeira, colocando o arpão no sítio certo. Os temas foram cuidadosamente escolhidos – desde a greve dos argumentistas, à festa mais reputada de Los Angeles Vanity Fair, passando pelos inevitáveis comentários às eleições americanas e respectivos candidatos. Como sempre, John Stewart esteve irrepreensível.
Os vestidos, os comentários e, claro, a entrega dos prémios. Este ano não houve desilusões, todos os prémios foram “mais ou menos” os esperados. Parece-me que a grande surpresa dfa noite terá sido a escolha de Tilda Swinton, que ganhou o Óscar para Melhor Actriz Secundária. Com um figura irreconhecível, Tilda Swinton viu reconhecido o seu trabalho em “Michael Clayton”, onde encarna uma personagem completamente oposta a si mesma. Pessoalmente não esperava.
Por outro lado, não houve maior alegria que ver Daniel Day-Lewis e Javier Bardem receber os merecidos prémios. Absolutamente genial em “There Will Be Blood”, Daniel Day-Lewis teve um discurso humilde e muito digno, fazendo jus ao seu desempenho. Javier Bardem, mais emocionado e francamente feliz, não deixou de nos deliciar com um agradecimento efusivo e com sabor a Espanha. Também Marion Cotillard não foi uma surpresa, pelo desempenho muito elogiado ao encarnar a grande figura francesa Edith Piaf.
Entre as emoções dos vencedores, houve também tempo para recordar vitórias passadas, discursos que marcaram os 80 anos de Óscares e também os grandes nomes do cinema que «partiram» durante os últimos meses. Entre críticos de cinema, actores e produtores, Heath Ledger foi o último a ser recordado, surgindo em “Brokeback Mountain”.
Mais uma vez a noite dos Óscares foi ansiada por muitos e prevista por milhares de pessoas que fizeram as suas apostas para os melhores desempenhos nas várias categorias. Apesar de, no final, os prémios terem sido bastante ‘repartidos’, “No Country For Old Men” foi considerado o grande vencedor, recebendo o Óscar de Melhor Realizador e Melhor Filme.
Este ano as estatuetas mais aguardadas de sempre voltaram a fazer explodir emoções em quem lhes toca e em quem assiste, seja às nove da noite ou às quatro da madrugada. Que venha 2009 e até lá muitos (grandes) desempenhos e grandes filmes. |
Sem ter sido uma grande cerimónia, foi divertida o suficiente, e com muito bons filmes a concurso (e entre os vencedores). E, claro, valeu pela companhia de alguns colegas de blog ;-)