quarta-feira, outubro 22, 2008 |
Eels |
Os Eels, como quem não quer a coisa, tornaram-se das minhas bandas preferidas. Discretos, humildes e talentosos como tudo, acimentam uma carreira com poucas falhas a cada passo que dão. Não se dão aos mediatismos de uns Coldplay, nem foram alvo de um culto ao nível dos Arcade Fire. São independentes, no sentido em que têm tanto ou mais sucesso que qualquer uma das bandas que referi anteriormente, mas fazem-no quase totalmente à margem do mainstream. Os Eels incarnam o espírito que a cassete (aquela coisa com uma fita que se metia num rádio e dava música) teve no final dos anos 80, ínicio dos anos 90, na qual faziamos gravações de musicas e partilhavamos com amigos. Assim passam eles, de boca em boca, da família para os amigos, apenas a quem temos confiança que saberá apreciar. São portanto, sem qualquer preconceito, uma banda familiar.
Claro, também são uma banda de rock, alternativa, estratégicamente dependente do seu front-man, Mr. E, e das suas paranóias crónicas. Complexos na mensagem que transmitem, mas de uma simplicidade inocente na forma como o fazem. Reinventam-se, como a Madonna gostaria de conseguir, a cada projecto. Cada capítulo, uma fase, cada fase terminada e abandonada à sua boa sorte. Sempre com algo mais em vista.
Seguindo o método Radiohead, os Eels disponibilizam agora no seu site oficial (http://www.eelstheband.com), um EP de 4 canções ao vivo. São músicas já editadas na sua discografia, mas vale sempre a pena revisitar esta banda. Trazê-la de novo para o nosso lar e partilhar com ela um belo serão.
"And maybe it's time to live" |
posted by not_alone @ 5:10 da tarde |
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