quinta-feira, janeiro 31, 2008
Melhores de 2007 - Música
À semelhança do que foi feito em relação ao cinema, apresentamos em seguida os cd's que na opinião dos membros do Take a Break se destacaram em 2007.

5

Artic Monkeys - Favourite Worst Nightmare

David Fonseca - Dreams in Colour

Au Revoir Simone - The Bird of Music

The Fountain - OST

4

WrayGunn - Shangry - La

3

Electralane - No Shouts no Calls

Radiohead - In Rainbows

Holly Golightly - You can´t buy a gun when you're crying

2
The White Stripes - Icky Thumb

LCD Soundsystem - Sound of Silver


Arcade Fire - Neon Bible
posted by P.R @ 4:23 da tarde   1 comments
terça-feira, janeiro 29, 2008
Grande Momento | Oscars


Com a cerimónia dos Oscars já aí ao virar da esquina, decidi escolher como grande momento um dos mais deliciosos pedaços de entretenimento a que assisti na noite mais longa de Hollywood. É a magia dos Oscars.
posted by not_alone @ 11:17 da manhã   1 comments
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Prémios

Este fim-de-semana foi prolífero em prémios e consagrações. Comecemos pelo festival de Sundance. Entre 122 filmes provenientes de 25 países, a vitória sorriou a “Frozen River” de Courtney Hunt. O filme conta a história de duas mulheres que ajudam a entrada de imigrantes ilegais nos EUA e foi considerada por Quentin Tarantino “ uma maravilhosa obra sobre a pobreza na América”. O resultado imediato da vitória foi a compra por parte da Sony dos direitos da obra.


Também no Sábado teve lugar a atribuição do Director Guild Award. A expectativa em terno destes prémios é sempre elevada uma vez que são um bom prenúncio para a categoria homóloga dos Oscars. Este ano o prémio sorriu aos irmãos Coen. Havia bastante expectativa em relação aos DGA uma vez que uma vitória de Schnabel poderia confundir as previsões para os prémios de Academia. Mas não, tudo começa a definir-se e os irmãos Coen e o seu No Country for Old Man começaram a surgir como potenciais vencedores (justíssimos, aliás, pois o seu filme é uma obra-prima).

Ontem realizou-se o primeiro grande evento do ano. Depois de cancelados os Globos de Ouro, a atribuição dos SAG foi até agora o momento social do ano. Para além da parte pipoqueira da festa, a verdade é que também aqui se confirmou algumas posições, nomeadamente a (quase certa) vitória de Julie Christie, Daniel Day-Lewis e Javier Bardem. Na categoria de melhor actriz secundária as coisas estão ao rubro. Todos esperavam pelos SAG’s para ver quem ganharia a dianteira da luta entre Amy Ryan e Catte Blanchett. No entanto a vitória acabou por sorrir a Ruby Dee. Esta é sem dúvida mais uma vitoria pela carreira do que pela sua actuação mas, na minha opinião, é a candidata mais provável para vencer o Oscar. Um pouco como Alan Arkin o ano passado… No que ainda ao cinema diz respeito, No Country for Old Man ganhou melhor elenco e consolida o favoritismo.

Em relação à televisão, os prémios foram dominados, em drama, por The Sopranos com vitória em Elenco, Actor (Gandolfini) e Actriz ( Falco). Em comédia Tina Frey conseguiu mais uma vitória, assim como Alec Baldwin por 30 Rock. The Office foi considerado o melhor Elenco em Comédia
posted by P.R @ 12:03 da tarde   0 comments
sábado, janeiro 26, 2008
The Darjeeling Limited

Wes Anderson é um dos melhores autores de uma ‘nova geração’. Daqueles que desde a primeira curta (“Bottle Rocket”, que depois foi feito como longa) assumiu um universo muito particular e que se mantém, com poucas variâncias, até agora. Personagens meio perdidas, quais crianças grandes com idiossincrasias de crianças e de grandes, a incapacidade de exteriorizar emoções e, em última análise de relacionamento, a família... Tudo isto filmado com um notável sentido de movimento e temperado com uma cor absolutamente extraordinária de tão ‘solar’.

“The Darjeeling Limited” é claramente um filme de Wes Anderson, com tudo o que amamos nas suas obras anteriores. Chega a Portugal três anos depois de “The Life Aquatic With Steve Zissou” e vem com um brinde que muitos países não tiveram: é precedido de “Hotel Chevalier”, a curta que Anderson filmara como primeira parte para o filme e que já circulava pela internet desde o Verão. E diga-se que o seu visionamento antes da longa é indispensável para a compreensão de algumas cenas.
“Hotel Chevalier”, juntamente com toda uma primeira parte de “The Darjeeling Limited” comprova a capacidade que Anderson tem de trabalhar em espaços fechados. No primeiro trata-se de um quarto e hotel e no segundo de uma carruagem de um comboio, e a maneira como ele filme faz parecer que cada espaço é um espaço novo. Os acessórios têm um papel importante na construção de um certo “estilo” visual, que combinados com o trabalho da cor imprimem aos filmes uma estética muito particular.
O tema central é, uma vez mais, a capacidade (ou falta dela) de pessoas se relacionarem. Em “The Darjeeling Limited” encontramos três irmãos em viagem pela Índia e obrigados a interagirem, coisa que pelo que dizem não faziam há um ano. A sua forçada convivência num ambiente estranho (que os fascina desde o início mas que nem por isso deixa de ser estranho) dá azo a situações onde um delicioso humor se conjuga com uma certa tristeza – aquele mostrar coisas sérias a brincar que Anderson nos habituou desde o início e que aqui tem alguns momentos prodigiosos. É um filme de viagens, como era o anterior, uma viagem que acaba por encontrar um rumo e por marcar uma aprendizagem: a amizade entre irmãos que podiam ser família mas não se viam como amigos em quem confiavam.

Um dos trunfos dos filmes de Wes Anderson é a escolha certeira dos actores, alguns dos quais se tornaram participações habituais (ver a memorável sequência inicial com Bill Murray ou a mãe Angelica Houston). Aqui essa escolha é bem capaz de ser das melhores. O trio de actores que dá vida aos irmãos é composto por Owen Wilson, Jason Schwartzman (que co-escreveu o argumento com Anderson e Roman Coppola) – já conhecidos de obras anteriores do realizador – e por uma magnífica nova aquisição, Adrien Brody. Eles são excelentes, tanto separados como, sobretudo, juntos. São simplesmente perfeitos na sua composição de imperfeições.
Outro dos triunfos é a banda sonora, que aqui alterna músicas de filmes indianos com a pop agridoce dos The Kinks (“This time tomorrow” é daquelas canções que nos comovem de maneira especial de cada vez que a ouvimos). Escutamos até “Les Champs-Elysées” que nos deixa uma estranha vontade de seguir naquele comboio...

“The Darjeeling Limited” é, em conclusão, um reencontro com tudo aquilo que gostamos no cinema de Wes Anderson. Um filme que responde a todas as nossas expectativas e nos deixa uma vontade imensa de voltar a rever os filmes anteriores deste originalíssimo autor.

posted by Anónimo @ 12:54 da tarde   3 comments
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Sugestão Musical | Zero 7 | Simple Things

Apesar de este projecto já ter uns aninhos não posso deixar de sugerir a minha mais recente descoberta (sim, de certeza que a grande maioria já os conhecia, eu não...). Misturando várias sonoridades, sinceramente nem sei bem em que registo musical isto se pode enquadrar dadas as referências a estilos como soul ou acid-jazz. Apenas sei que gostei muito. Gostei das letras e das melodias. Gostei da forma como balança uma ambiência mais alegre com outras mais intensas e negras. É um grande disco! É tão bom que se um dia cometesse a loucura de fazer um top 10 este estaria incluído...

Fica feita a sugestão. Agora vou redescobrir Air (sim, dizem que a onda é parecida)...
posted by P.R @ 11:48 da manhã   7 comments
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Perdita Durango

Há imagens que valem mais do que mil palavras. E esta é uma delas. E comprova-se que Javier Bardem é o maior, e mais estranho, "camaleão" da 7ª Arte.
posted by The Stranger @ 12:39 da tarde   3 comments
Atonement

Eu ia preparado para desancar o filme. Já tinha escolhido mentalmente as palavras para reforçar a minha indiferença em relação às dimensões dramáticas de Keira Knightley. Só não estava preparado para gostar tanto.

Retiremos todos os elementos introdutórios: Atonement é um belo filme, Joe Wright filma magistralmente e Keira Knightley é uma excelente Cecilia. Os leitores mais antigos e atentos dever-se-ão lembrar do que disse, e do que reafirmo, acerca de Pride and Prejudice. Não gostei do filme, é redutor, simplista e se Keira tem uma actuação que me consegue tirar do sério, o seu co-protagonista é tão mau que provoca momentos de comédia involuntários.

Mas Atonement é diferente. A história é diferente. O empenho é diferente. E sim, para muito melhor. A história, que tem como base o livro de Ian McEwa, tem como catalisador da acção a personagem Briony que é, na minha opinião, obviamente, um dos melhores retratos que se tem visto no cinema. Começando na hipnotizante Saiorse Ronan (grande, grande maturidade para uma criança de 12 anos) e acabando na devastadora e enorme Vanessa Redgrave, o “desenho” de Briony é cru e simultaneamente comovente.

E depois temos pormenores de génio como o magistral plano-sequência na praia, a cena na biblioteca, a banda-sonora com um uso excepcional do som da máquina de escrever (que só no fim se percebe o porquê), a fotografia, a narrativa não-linear, James McAvoy (que aqui se afirma com um excelente actor) entre outros. O filme peca, talvez, por um certo exibicionismo de Joe Whight na realização que leva a um certo distanciamento das personagens, sobretudo no segundo terço da narrativa. No entanto, com a aproximação do fim o filme embala e oferece-nos uma resolução da história absolutamente inesperada e, por isso, apaixonante e inesquecível.

Atonement é sem dúvida um filme maior, um dos que mais tocou e um dos meus predilectos deste Janeiro de 2008. Mereceu a nomeação ao Oscar.

posted by P.R @ 11:19 da manhã   6 comments
terça-feira, janeiro 22, 2008
Heath Ledger (1979-2008)

Poucos dias depois da notícia da morte do jovem Brad Renfro, também Heath Ledger, de 28 anos, é encontrado morto na sua casa. Tudo aponta que a causa da morte tenha sido uma overdose de drogas.
Pouco tempo depois de o mundo o reconhecer pela sua interpretação em Brokeback Mountain, no ano em que o seu Joker já dava que falar, Heath Ledger parte definitivamente e deixa o panorama cinematográfico certamente mais pobre.
posted by Anónimo @ 10:16 da tarde   5 comments
Nomeados - Oscars 2008
Pois bem, cá temos as nomeações para os Oscars de 2008. Algumas surpresas, muitas confirmações e a certeza que os Coen e Paul Thomas Anderson voltaram em força.
Tendo com conta as minhas previsões seguem abaixo os nomeados indicando com um * apostas certeiras e com ª as alternativas sugeridas.

Melhor Filme
  • No Country For Old Men *
  • There Will Be Blood *
  • Michael Clayton *
  • Juno *
  • Atonement

Melhor Realizador

  • Paul Thomas Anderson – There Will Be Blood*
  • The Coens Bros. – No Country for Old Men*
  • Julian Schnabel – The Diving Bell and the Butterfly*
  • Tony Gilroy - Michael Claytonª
  • Jason Reitman - Juno

Actor Principal

  • Daniel Day-Lewis – There Will Be Blood*
  • George Clooney – Michael Clayton*
  • Johnny Depp – Sweeney Todd*
  • Viggo Mortensen – Eastern Promises*
  • Tommy Lee Jones - In the Valley of Elah

Actriz Principal

  • Marion Cotillard – La Vie en Rose*
  • Julie Christie – Away from Her*
  • Ellen Page – Juno*
  • Cate Blanchett – Elizabeth: The Golden Age*
  • Laura Linney - The Savages

Actor Secundário

  • Javier Bardem – No Country for Old Men*
  • Casey Affleck – The Assassination of Jesse James*
  • Hal Halbrook – Into the Wild*
  • Tom Wilkinson – Michael Clayton*
  • Philip Seymour Hoffman – Charlie Wilson’s War*

Actriz Secundária

  • Cate Blanchett – I’m Not There*
  • Amy Ryan – Gone Baby Gone*
  • Tilda Swinton – Michael Clayton*
  • Ruby Dee – American Gangster*
  • Saoirse Ronan – Atonement*

Argumento Original

  • Juno*
  • Lars and the Real Girl ª
  • Michael Clayton*
  • The Savages*
  • Ratatouille*

Argumento Adaptado

  • No Country for Old Men*
  • There Will Be Blood*
  • The Diving Bell and the Butterfly*
  • Atonementª
  • Away from Her

A restante lista pode ser vista aqui.

Filmes mais nomeados:

  • No Country for Old Men e There Will Be Blood - 8 nomeações
  • Atonement e Michael Clayton - 7 nomeações
  • There Will Be Blood - 6 nomeações
  • Ratatouille - 5 nomeações
  • Juno e The Diving Bell and the Butterffly - 4 nomeações

posted by P.R @ 2:32 da tarde   4 comments
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Previsões - Oscars 2008
Ora cá estamos nós para mais uns Oscar 2008. A semelhança do ano passado farei novamente as minhas previsões em relação aos nomeados para o prémio mais apetecível de Hollywood. Este ano as coisas estão mais complicadas. O hype que o ano passado era partilhado por The Departed e Little Miss Sunshine e há dois anos por Brokeback Mountain e Crash, este ano abrange mais filmes e, sobretudo, uma maior diversidade de géneros e estilos. Apresentarei as minhas previsões apenas das 8 categorias principais tendo como base a recepção da crítica, do público e outros prémios paralelos. Sem mais demora, vamos a isso:

Melhor Filme

• No Country For Old Men
• There Will Be Blood
• Michael Clayton
• Juno
• The Diving Bell and the Butterfly

Hipótese: Into the Wild

Realizador

• Paul Thomas Anderson – There Will Be Blood
• The Coens Bros. – No Country for Old Men
• Julian Schnabel – The Diving Bell and the Butterfly
• Sean Penn – Into the Wild
• Sidney Lumet – Before the Devil Knows You’re Dead

Hipótese: Tony Gilroy – Michael Clayton

Actor Principal

• Daniel Day-Lewis – There Will Be Blood
• George Clooney – Michael Clayton
• Johnny Depp – Sweeney Todd
• Emile Hirsch – Into The Wild
• Viggo Mortensen – Eastern Promises

Hipótese: Ryan Gosling – Lars and The Real Girl

Actriz Principal

• Marion Cotillard – La Vie en Rose
• Julie Christie – Away from Her
• Angelina Jolie – A Mighty Heart
• Ellen Page – Juno
• Cate Blanchett – Elizabeth: The Golden Age

Hipótese: Amy Adams - Enchanted

Actor Secundário

• Javier Bardem – No Country for Old Men
• Casey Affleck – The Assassination of Jesse James
• Hal Halbrook – Into the Wild
• Tom Wilkinson – Michael Clayton
• Philip Seymour Hoffman – Charlie Wilson’s War

Hipótese: Tommy Lee Jones – No Country for Old Men

Actriz Secundária

• Cate Blanchett – I’m Not There
• Amy Ryan – Gone Baby Gone
• Tilda Swinton – Michael Clayton
• Ruby Dee – American Gangster
• Saoirse Ronan – Atonement

Hipótese: Catherine Keener – Into the Wild

Argumento Original

• Juno
• Knocked UP
• Michael Clayton
• The Savages
• Ratatouille

Hipótese: Lars and the Real Girl

Argumento Adaptado

• No Country for Old Men
• There Will Be Blood
• The Diving Bell and the Butterfly
• Into the Wild
• Zodiac

Hipótese: Atonement


E vocês? Concordam com as previsões? Deixem os vossos comentários no sítio do costume.
posted by P.R @ 12:06 da tarde   5 comments
domingo, janeiro 20, 2008
Melhores de 2007
Chegamos então ao final deste balanço de 2007. Depois de apresentados os vencedores de várias categorias, divulgaremos de seguida os filmes que mais nos tocaram e que melhores momentos nos ofereceram em 2007. Eles são:

#10 - Das Leben der Anderen


#9 - La schapandre et le Papillon / The Good German


#8 - Paranoid Park



#7 - Death Proof



#6 - Zodiac


#5 - Redacted


#4 - El labirinto del Fauno


#3 - Little Children


#2 - INLAND EMPIRE


#1 - The Fountain / Letters from Iwo Jima


"Para além de uma importante referência história, Letters from Iwo Jima é um olhar. Crítico, claro, mas um olhar atento sobre uma noção que muitas vezes nos escapa: a de que as personagens na tela representam sempre algo. Seja um valor, um sentimento, um rumo... Clint Eastwood sabe, cada vez mais, olhar para aquilo que passa despercebido, aquilo que nem sempre parece importante e reveste-o de uma força criativa que poucos realizadores conseguem. Envolve os personagens com o retrato que quer passar, de tal forma que, no final, há uma sensação de união. Connosco, com o filme que acabámos de ver, com os sentimentos que nos habituámos a saber só os nomes. Letters from Iwo Jima é uma obra prima porque não tem defeitos, porque não poupa esforços para atingir um nível de excelência com o qual raramente nos deparamos. É mais do que apenas imagens num ecrã. É arte. " not_alone
"The Fountain é O filme por excelência. A conjugação da beleza cinematográfica com a consistência da mensagem que deixa a quem a ve. A luta incessante, a conviccção, a crença -todos os dogmas são questionados quando procuramos a nossa solução. The Fountain leva-nos para outro nível, mostra-nos o trascendente, a nossa concha onde guardamos tudo o que nos move - as frustações, os medos e a sede de seguir em frente". Ana Silva


posted by P.R @ 3:16 da tarde   0 comments
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Melhores de 2007

1- Jackie Earle Haley / Little Children

"Sem rodeios, Jackie Earle Haley está portentoso em Little Children e é sem dúvida o actor secundário do ano. Dono de uma figura física já em si sinistra é o seu olhar que nos atormenta e que nos faz acreditar na personagem. Estranhamente real, o seu “Ronnie” ganha outra dimensão na relação com a mãe e tem na parte final do filme uma das cenas mais incómodas, e agoniantes do ano. Arrisco a dizer que foi o actor perfeito para aquela personagem." P.R

2 - Armin Mueller-Stahl / Eastern Promises

3 - Robert Downey Jr / Zodiac

4 - Sergi Lopez / El Labirinto del Fauno

5 - John Travolta / Hairspray - Djimoun Hounston Blood Diamond


1 - Cate Blanchett / Notes on a Scandal

"Há actrizes imunes a más prestações seja qual for o filme em que entrem, mas poucas parecem existir que, além do talento natural para a representação, têm faro para filmes de qualidade, e Cate Blanchett raramente falha nas suas escolhas e muito menos nas interpretações. Notes on a Scandal é mais uma prova cabal das suas qualidades, num papel que exige tanta força como fragilidade, e cada uma dessas nuances é conseguida na perfeição, num dos registos dramáticos mais fortes do ano." Paulo

2 - Rachel Weisz / The Fountain

3 - Robin Wright Penn / Breaking and Entering

4 - Emma Thompson / Stranger than Fiction

5 - Samantha Morton / Control



1 - Viggo Mortensen / Eastern Promises

"Depois de já nos surpreender com a ambiguidade moral da sua personagem em "A History of Violence". Viggo volta a demonstrar as suas enormes capacidades representativas nesta nova colaboração com Cronenberg. Uma interpretação de corpo cheio, intensamente carnal e visceral, e onde lentamente o seu próprio olhar, reflecte a triste agonia do submundo que o devora." Duarte

2 - Hugh Jackman The Fountain

3 - Ryan Gosling / Half Nelson

4 - Peter O'toole / Venus

5 - Joseph Gordon-Levitt / Mysterious Skin - Ken Watanabe / Letters from Iwo Jima - Ion Fiscuteanu / The Death of Mr. Lazarescu

1 - Laura Dern / INLAND EMPIRE

"Que Laura Dern é uma boa actriz julgo que é consensual, que era capaz de tamanha interpretação eu pelo menos tinha algumas dúvidas. Dern deixou-se entregar ao génio de Lynch e assinou simplesmente uma das melhores interpretações femininas de sempre. A sua presença em INLAND EMPIRE é um rasgo de genialidade, expressividade e versatilidade. Um amor incondicional à arte e ao cinema. Uma actuação maior que a vida e um monumento à representação." P.R

2 - Judi Dench / Notes on a Scandal

3 - Kate Winslet / Little Children

4 - Jodie Foster / The Brave one

5 - Marion Cotillard / La Vie en Rose




1- Clint Eastwood / Letters from Iwo Jima e Flags of our fathers

"2007 foi o ano do regresso de muitos autores conceituados e, no entanto, não tenho dúvidas em pensar que este foi sobretudo o ano de Clint Eastwood, que nos maravilhou com dois portentosos filmes, "Flags of Our Fathers" e "Letters From Iwo Jima", o segundo uma verdadeira obra-prima. Ambos formam um par – duas visões onde o tema central se relaciona com a batalha de Iwo Jima – mas são também dois filmes que funcionam em pleno individualmente. Meditações sobre o heroísmo onde reencontramos num cenário monumental a simplicidade esmagadora do cinema de Eastwood, autor que vê como nenhum outro o Bem que existe naqueles que não encaixam no sistema. E lembremos que em "Letters From Iwo Jima" filmou personagens japonesas e dirigiu actores japoneses que falavam japonês. Ou seja, filmou uma cultura bem distinta da sua mas a sua visão, essa permaneceu imaculada." H.

2 - Darren Aronofsky / The Fountain

3 - David Lynch / INLAND EMPIRE

4 - Brian de Palma / Redacted

5 - Gus Van Sant / Paranoid Park

Dentro de dias apresentaremos aqueles que para o Take a Break foram os 10 melhores filmes de 2007. Até lá contribuam para o debate com as vossas preferências!

posted by P.R @ 7:26 da tarde   3 comments
quarta-feira, janeiro 16, 2008
4 meses, 3 semanas e 2 dias

O filme-choque do ano. Um retrato avassalador e visceral do desespero, da amizade e da condição humana. Com actuações brilhantes e um argumento poderosíssimo que não deixará ninguém indiferente, 4 meses, 3 semanas e 2 dias merece todos os rasgados elogios. E venha de lá esse Oscar...

Update: Afinal não vai haver Oscar nenhum... Li agora que o vencedor do Festival de Cannes e um dos filmes apontados pelos criticos como dos melhores do ano não integra os 9 pré-selecionados para Melhor Filme Estrangeiro da Academia. Estranho e lamentável...
posted by P.R @ 11:01 da manhã   9 comments
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Golden Globes - Vencedores


Melhor Filme - Drama
"Atonement"

Filme - Musical/Comédia
"Sweeney Todd"

Melhor Realizador
Julian Schnabel - "Le Scaphandre et le Papillon"

Melhor Actor - Filme Drama
Daniel Lewis - "There Will Be Blood"

Melhor Actor - Filme - Musical/Comédia
Johnny Depp - "Sweeney Todd"

Melhor Actriz - Filme Drama
Julie Christie - "Away From Her"

Melhor Actriz - Filme Musical/Comédia
Marion Cotillard - "La vie en rose"

Melhor Argumento
Joel Coen and Ethan Coen - "No Country for Old Men"

Melhor Actor Secundário
Javier Bardem - "No Country for Old Men"

Melhor Actriz Secundária
Cate Blanchett - "I'm Not There"

Filme Língua Estrangeira
"Le Scaphandre et le Papillon"

Filme Animação
"Ratatouille"

Banda-Sonora Original
Dario Marianelli - "Atonement"

Canção Original
"Guaranteed" - Into The Wild
Música e Letra de: Eddie Vedder


Série Televisão - Drama
"Mad Men"

Série Televisão - Comédia
"Extras"
posted by The Stranger @ 10:50 da manhã   7 comments
domingo, janeiro 13, 2008
Grande Momento | Kill Bill
Cada filme de Quentin Tarantino é um acontecimento, goste-se ou não do seu muito peculiar estilo atrás das câmaras. Apelidado de film-jockey, Tarantino é um daqueles realizadores capazes de fundir todo o tipo de influências num estilo único e muito pessoal. Do noir ao spaghetti western ao melodrama de Douglas Srik, tudo tem lugar perfeito num filme de Tarantino. Aqui, quando menos se espera, eis que o filme (Kill Bill) "dá lugar" a uma sequência de animação japonesa para nos introduzir uma personagem. O resultado: belíssimo e, acima de tudo, inesquecível.

posted by Juom @ 11:00 da tarde   3 comments
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Os melhores de 2007
À semelhança do que fizemos em 2006, iremos apresentar nos próximos dias aqueles que para o Take a Break foram os melhores do ano de 2007. Como sempre, contamos com os vossos comentários para enriquecer este balanço.

Sem mais demoras, comecemos:



1- Goya's Ghost


"Apesar das boas interpretações de Javier Bardem e, especialmente, Natalie Portman, esperava-se um filme mais coeso. Diria até, mais interessante. Goya's Ghost é aborrecido, disperso acabando por repetir (sem grande fôlego) algumas das questões da época, como a fé ou a própria arte. Milos Forman, inactivo por sete anos, deixa-nos agora a pensar que não voltaremos a ver, deste realizador, momentos como os de One Flew Over the Cuckoo's Nest, Amadeus ou até mesmo do mais recente Man on the Moon. " not_alone


2 - Flags of our fathers / 300

3 - Dreamgirls

4 - Sunshine / Apocalypto

5 - Scoop




1 - Little Children / Les Chansons d'amour

"Na minha perspectiva a função de um poster para além de cativar a atenção é captar a essÊncia do filme e transmiti-la. O poster de Little Children é um exemplo perfeito disso. Extremamente interessante no contraste do preto com os corpos desnudos de Kate Winslet e Patrick Wilson, o filme orienta-nos para aquilo que iremos ver: um retrato frio e cru das relação humanas" P.R

"Uma rapariga, uma rapariga, um rapaz. De mãos dadas, a do centro segurando as pontas, unindo-as, incluindo-se e excluindo-se ao mesmo tempo. "Embrassez-vous sur moi" – quem viu, quem ouviu, lembrar-se-á com certeza do momento mágico em que este verso é cantado. É ele que o poster evoca, em azul e amarelo, lembranças de melancolia. As figuras não têm rostos, podiam ser qualquer um de nós. Um pouco como as personagens do filme." H.

2 - Shortbus

3 - Half Nelson

4 - Redacted

5 - Death Proof


1 - The Fountain

"Em 1998, Darren Aronofsky convidou o ex-membro dos Pop Will Eat Itself para compor a banda sonora de Pi e para todos os seus filmes desde então. E o trabalho de Mansell para Aronofsky tem vindo a crescer em cada filme, atingindo em The Fountain novos graus de grandiosidade, onde cada nota parece conviver de forma perfeita com cada fotograma. Sem sombra para qualquer dúvida: mais um trabalho para perdurar no tempo. " Paulo

2 - Death Proof

3 - Les Chansons d'amour

4 - Hairspray

5 - Control


1 - The Fountain

"A leveza da imagem integra-se de forma perfeita com a força das cores; os tons são permanentemente opostos entre si: os tons quentes da natureza com os tons frios do que é humano. Todos realçados pela fotografia única deste filme. «The Fountain» premeia-nos com os detalhes – é através da fotografia (da responsabilidade de Mathew Libatique), que nos envolvemos neste filme; é ela que nos mostra a intensidade e toda a energia que se reúne em torno da vida, desta so called 'fonte'." Ana Silva

2 - El Labirinto del Fauno / Zodiac

3 - Letters from Iwo Jima

4 - The Good German

5 - Paranoid Park

posted by P.R @ 3:28 da tarde   4 comments
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Filme do mês | Dezembro


















Ana Silva Nada a apontar

H. Redacted
"A minha escolha para o mês transacto foi também uma das minhas escolhas para todo o 2007. Redacted, de Brian de Palma marca o regresso do autor com outro estudo sobre as imagens nesta obra formalmente arrojada, onde a recriação da realidade agita a nossa consciência política e estimula o nosso pensamento puramente cinematográfico. "

not_alone Nada a apontar

Paulo Redacted

"Sem grandes rodeios, Brian De Palma definiu Redacted como um filme contra Bush e contra a guerra no Iraque, mas a verdade é que o genial realizador americano supera por completo esses rótulos simplistas auto-impostos e assina aqui um complexo, mordaz e perturbador estudo sobre o poder da imagem (e respectiva manipulação) nos media actuais e, mais do que isso, um dos mais importantes filmes do ano."

P.R. Redacted

Num mês com algum interesse Redacted emerge como um dos grandes filmes do ano que recentemente acabou. Depois do "modesto" The Black Dahlia, Brian de Palma atinge níveis de perfeição na forma como idealizou e implentou este Redacted, um filme que nos atormenta pela realidade que nos mostra. Um filme convergente que quebra fronteiras e que eleva o cinema a outros patamares.

Duarte Nada a apontar

E vocês? Houve algum filme estreado em Dezembro que ainda tenha entrado no vosso top 10 de 2007?

posted by P.R @ 6:28 da tarde   2 comments
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Charlie Wilson's War

Se há filmes que se destacam pela sua solidez e competência, o novo filme de Mike Nichols é, seguramente, um deles. Depois de uma abordagem intimista ao focar as relações humanas, sobretudo as amorosas, em Closer, o realizador da consagrada mini-série Angels of America aventura-se numa história com contornos mais políticos e num tom mais irónico e até mesmo sarcástico. Rodeado de um naipe de belíssimos actores, Charlie Wilson's War entrega-nos um retrato muito interessante de uma época delicada da história dos EUA.

Sem cair em moralismos que seriam extremamente fáceis, a verdade é que o filme, apesar de apresentar momentos mordazes de humor, é extremamente inteligente na forma como nos deixa a pensar nas implicações que a ajuda dos EUA ao Afeganistão teve e têm hoje em dia. E se, apesar do bom ritmo do filme, parecia faltar um golpe de génio para o elevar a um nível superior Nichols oferece-o de bandeja com um grande diálogo entre Seymour Hoffman (que tem uma prestação no mínimo brilhante) e Hanks (de volto aos grandes papéis depois de Da Vinci Code) seguido de uma belíssima cena numa mesa de negociações.

Sendo um dos primeiros grandes filmes do ano, deixo duas últimas palavras para Julia Roberts que volta em grande forma ao encarnar a fervorosa religiosa e a 6ª mulher mais rica do Texas, Joanne Herring, e para Aaron Sorkin que, com base no livro de George Crile, assina um dos melhores argumentos adaptados do ano.


posted by P.R @ 12:46 da tarde   0 comments
terça-feira, janeiro 08, 2008
The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford


2007 parece ter marcado, nos EUA, o regresso em grande do western às salas de cinema, com filmes de suposta qualidade como No Country for Old Men, There Will Be Blood, 3:10 to Yuma e The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford. Este último foi o primeiro a chegar até nós, já no primeiro dia de estreias de 2008, e parece um excelente prenúncio para aquilo que se seguirá. Sem ser perfeito, ou um filme capaz de agradar a todos os tipos de audiências, é definitivamente uma obra de grande qualidade artística, que recupera e reinventa alguns conceitos essenciais do género, o que já não é pouco.

O relativamente desconhecido Andrew Dominik havia anteriormente realizado apenas Chopper na Austrália, filme que lançou o seu protagonista Eric Bana para uma carreira sólida em Hollywood. Sete anos depois, debruçou-se sobre esta história tipicamente americana, de contornos malickianos sobre um dos grandes mitos do velho Oeste dominado pela violência e a ambição desmedida. Adaptando o romance de Ron Hansen para o grande ecrã, esta abordagem acaba por funcionar melhor como um estudo de personagens complexas, mas também acaba por reflectir de certa forma sobre o actual mundo das celebridades, tendo Jesse James (Brad Pitt) como a grande estrela do seu tempo e Robert Ford (Casey Affleck) como o seu grande admirador, desejoso de se encontrar no seu lugar.

Por tudo isto, The Assassination of Jesse James by the coward Robert Ford acaba por se tornar num filme diferente, para o qual muito contribui também a abordagem de Dominik, ao mesmo tempo muito contida em termos de espalhafato visual, com um ritmo de montagem mais lento e contemplativo, sem grandes cenas de acção ou explosões, mas também um dos filmes mais belos dos últimos anos, com uma direcção de fotografia magistral por parte de Roger Deakins (que também fotografou o western dos Coen), que torna cada fotograma numa infinidade de prazeres visuais. Além disso, a reconstituição da época é de tal maneira cuidada que não poucas vezes pensamos estar também nós nesse mundo e nessa época cada vez mais distantes.

Além de tudo isto, o filme conta ainda com excelentes participações por parte de Brad Pitt (de regresso a grandes papéis, ele próprio que é de certa forma uma estrela actual ao nível do que Jesse James foi no seu tempo) e de Casey Affleck, destinado a grandes feitos se continuar a evidenciar este tipo de talento nos seus futuros projectos, e que aqui espelha uma ambiguidade obscura capaz de deixar o espectador sempre em alerta. Pena que por vezes o argumento se torne demasiado disperso e perca alguma coesão, nomeadamente na sua ponta final, onde excelentes momentos se intervalam com uma narração pouco cuidada, mais expositiva do que introspectiva e, portanto, algo desfasada do tom do filme. Ainda assim, as suas qualidades são suficientes para se recomendar o seu visionamento, e o filme possui já um dos grandes momentos do nosso 2008, precisamente aquele que o título nos indica.

posted by Juom @ 1:21 da tarde   4 comments
 

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